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Homenagem: O que "Chaves" me ensinou

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Divulgação

Hoje vou deixar de lado o profissional, apaixonado por televisão e pelos seus bastidores para abrir espaço a um lado criança.

Uma criança igualmente apaixonado por televisão, brincalhona e muito fã de "Chaves".

Sei que é chover no molhado falar de "Chaves" após o falecimento de seu intérprete e criador Roberto Gómez Bolaños. Mas não quero falar de Bolaños, quero falar de Chaves.

O Chaves que me ensinou que juventude e velhice são apenas questão de estado de espírito: “Se você é jovem ainda, amanhã velho será, a menos que o coração sustente a juventude que nunca morrerá”.

O "Chaves" que me ensinou a não retribuir as pauladas que a vida me dá: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”.

O "Chaves" que me ensinou que todo final tem um recomeço: “Prometemos nos despedirmos sem dizer 'adeus' jamais, pois haveremos de nos reunirmos muitas, muitas vezes mais!”.

O "Chaves" que me ensinou a ser humilde: “Que bonita sua roupa, que roupinha mutcho louca, nela é tudo remendado, não vale nem um centavo mas agrada a quem olhar”.

O "Chaves" que me ensinou a honrar meus compromissos: “pago tudinho de uma vez no fim do ano”.

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O "Chaves" que me ensinou o valor do amor: “As pessoas boas devem amar seus inimigos”.

O "Chaves" que me apresentou à ironia: “Seria melhor ter ido assistir o filme do Pelé!”.

O "Chaves" que me ensinou o valor da vida: “Eu prefiro morrer, do que perder a vida!”.

O "Chaves" que me ensinou a ser direto: “Você não vai com a minha cara?”.

O "Chaves" que me ensinou a ser chato: “Volta o cão arrependido com suas orelhas bem fartas, com o seu osso roído e com o rabo estre as patas”.

O "Chaves" que me ensinou cantadas elegantes: “Não quer entrar e tomar uma xícara de café?”.

O "Chaves" que me ensinou a suportar a dor: “Doeu mas não foi tanto assim”.

E é esse o "Chaves" que ainda vive dentro de mim. Esse o "Chaves" que ainda vive dentro da minha geração… e da outra… e da outra… e de muitas outras que ainda estão por vir.

Esse é o "Chaves", pura e simples essência da vida. Pura e simples essência do humor.

Não, "Chaves" não morreu. Foi-se o criador, mas a criatura permanecerá vivo para sempre… seja em filme, desenho, seriado…. Ou vendo o filme do Pelé, que só surgiu de verdade décadas depois.

Valeu, Bolaños! Obrigado por nos trazer esse belíssimo exemplo de vida, de simplicidade, de humildade e, principalmente, de alegria.

Valeu por fazer muitas infâncias inesquecíveis.

E é por isso que, neste momento, ouso dizer: “doeu, mas não foi tanto assim”.
 

Apaixonado por televisão, Helder Vendramini pesquisa e estuda esse meio há vários anos e está se formando no curso de Rádio e TV. Aqui no site, buscará fazer análise aprofundadas dos mais variados temas que envolvem a nossa telinha.

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