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Antenado: "Sangue Bom" é a melhor produção da Globo atualmente


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Divulgação/TV Globo

Já era para eu ter escrito sobre “Sangue Bom” faz tempo. Atualmente, não há novela no país com texto mais refinado e direção mais competente. A história é original e traz uma importante questão: até onde você tem que ir para conquistar fama e dinheiro? E ninguém melhor que os talentosos Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari para isso.

Vincent, para quem não sabe, era o principal responsável pelo roteiro de Jaqueline, personagem de Claudia Raia que fez muito sucesso em “Ti Ti Ti”. Já Maria Adelaide dispensa comentários e maiores apresentações.

Os dois juntos formam uma dupla quase perfeita, com um texto cheio de nuances e emoções, carregado com bom humor, típico de Maria e do próprio Villari. A novela é alegre, pra cima e com excelentes ganchos, faz o telespectador querer acompanhar a história dia após dia. Outra coisa que tem ajudado muito o folhetim é o carisma dos seis protagonistas. Marco Pigossi, Fernanda Vasconcellos, Sophie Charlotte, Jayme Matarazzo, Humberto Carrão e, principalmente, Isabelle Drummond, estão muito bem.

Aliás, Isabelle, pra mim, é o grande destaque de “Sangue Bom”. A sua personagem, Giane, provoca choros e risadas ao mesmo tempo. A atriz criou um tipo raro na TV e que, com certeza, será lembrado por bastante tempo. A artista tem talento, beleza e carisma, além de ser nova, podendo crescer muito na carreira. Dos seis, o que está mais irregular é Humberto Carrão, que nunca demonstrou ser um grande ator, mas não está mal, longe disso.

Outros destaques são Giulia Gam, impecável como Bárbara Ellen, e Marisa Orth como Damaris, que faz uma crítica muito pertinente sobre o fanatismo religioso que, espero, leve uma discussão mais profunda, já que o tema é delicado. Também destaco aqui a atuação do jovem Josafá Filho, o Felipinho, que tem me impressionado. Esse menino vai longe.

Espero ter resumindo bem o que acho de “Sangue Bom”. É uma novela sensacional, repleta de qualidades e com praticamente nenhum defeito. Confesso que eu não entendo como ela ainda não deslanchou no Ibope, sendo pouco superior a sua antecessora, “Guerra dos Sexos”.

Eu já esperava que Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari iriam apresentar algo de extrema qualidade, mas não sabia que vinha algo tão excelente.
 

Gabriel Vaquer escreve sobre mídia e televisão há vários anos. Além do “Antenado”, é responsável pelo “Documento NaTelinha”. Converse com ele. Twitter: @bielvaquer
 

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