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O Observador: Record, respeite seus funcionários


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Divulgação

Poucos perceberam, mas está acontecendo um dos maiores absurdos da história de nossa televisão e o Estado, que poderia fazer algo para evitar, está se omitindo.

A TV Record demitiu nesta segunda-feira (03) 400 funcionários no Rio de Janeiro e já tinha demitido mais de 200 há um mês. Ainda estão previstos cortes em São Paulo, mais precisamente no departamento de jornalismo do canal.

Enquanto isso, a emissora aprovou um orçamento milionário para a construção de duas cidades cenográficas para “Pecado Mortal”, sua próxima novela (mas isso já é assunto pra outra oportunidade). O pecado maior está diante de todos. Um caos muito pior do que o feito pela RedeTV!, que também demitiu em massa há cerca de um ano. Segundo a coluna “Na TV”, os demitidos estão sendo escoltados por seguranças até a porta da rua.

É preciso muito para perceber que funcionário de empresa alguma trabalha bem diante da pressão de poder ser demitido a qualquer momento? Naturalmente não.

É importante lembrar também que emissora de TV é concessão pública e o Estado tem uma parte de responsabilidade no que se diz respeito a essas centenas de pessoas que estão sendo demitidas da Record sem o menor respeito ou dignidade.

Aliás, não foi a própria emissora que, outrora, através de seus colunistas, criticou outras empresas de comunicação por causa de demissões em massa (demissões que nem se comparam às que acontecem hoje na Record, diga-se)?

Peço ao leitor o direito de abrir um breve parêntese. É de uma incompetência sem tamanho um programa que tem alguém com a força comercial de Ana Hickmann no comando, não possuir filas de anunciantes e penar para se manter no ar, mesmo com uma audiência abaixo de esperado. E isso é somente um exemplo de como falta gente capacitada dentro do canal.

Fala-se que mais de mil pessoas serão demitidas da Record nos próximos meses. Há comentários de funcionários com mais de 10 anos de serviço prestados à casa de que a imprensa não divulgou um terço da atual realidade dos fatos

Por isso, fica o apelo: Record, respeite seus funcionários. Essa é a base para qualquer solução


Comente o texto no final da página. E converse com o colunista: brenocunha@natelinha.com.br / Twitter @cunhabreno

 

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