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A "estranha" popularidade do "Cidade Alerta" entre os jovens


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Divulgação/TV Record
Na atual fase da Record, o “Cidade Alerta”, comandado por Marcelo Rezende, é a maior audiência diária da casa, tirando as quartas-feiras, quando “José do Egito” e “Balacobaco” ultrapassam o programa policial. E uma coisa que chama a atenção é a popularidade que o jornalista ganhou com os jovens, principalmente com os adolescentes.
 
Os bordões “Corta pra mim”, “E sabe como eu sei? Porque eu estava lá!” e “Coloca o exclusivo, minha filha, dá trabalho pra fazer!” viraram verdadeiros fenômenos, caindo na boca da garotada e virando memes na internet. O programa, que é cheio de notícias ruins e desgraças, ganhou ares de “cult”, justamente pelo jeito maluco e de “tio legal” que o Rezende comanda as pautas.
 
Porém, devo dizer que há excessos. O "Cidade Alerta" ainda exagera, principalmente ao mostrar, algumas vezes, corpos sem nenhum tipo de proteção à imagem da pessoa. Em uma reportagem da última terça (05), o mais atento chegou até a ver as balas alojadas no corpo da criatura. Poxa, o programa é exibido entre 17h30 e 20h30, tem criança vendo televisão nesse horário.
 
E é justamente isso que pega. É uma questão que vai além do conteúdo e volta com aquela discussão: programas policias devem ser classificados pelo Ministério da Justiça? Afinal, é fato notório que alguns programas (principalmente os policialescos locais) utilizam da brecha do jornalismo para apelar. E aí que o perigo mora. Crianças de 12, 13 anos estão mesmo prontas para absorver esse tipo de conteúdo? É pra se pensar. 
 
Enquanto isso não acontece, o “Rezendão” vira o novo rei das crianças. E corta pra ele!
 
 
Por Gabriel Vaquer, do NaTelinha
 
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