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Dança do Siri: Uma piada nem sempre engraçada


Endrigo Annyston - MTB 49285/SP
eannyston@yahoo.com.br

Nos últimos meses um novo fenômeno vem transformando o dia-a-dia dos jovens brasileiros. Trata-se da Dança do Siri, popularizada através do Pânico na TV, e que tem conquistado cada vez mais adeptos. O problema da dança surge quando uma simples brincadeira pode causar sérios transtornos.

Uma coisa é Vesgo e Silvio se encontrarem com Silvio Santos fora do país e solicitarem que o animador faça a dança, ou mesmo os também apresentadores Gugu e Faustão, e tantos outros famosos que se depararam com a dupla em alguma festa e tiveram que entrar na dança, ora contra a vontade, ora de bom grado.

Também é muito bacana ver o pessoal vencendo uma prova durante os jogos Pan-Americanos e a utilizarem para comemorar. Bacana, além disso, é ver Galvão Bueno, locutor global, comentando a cena ao vivo diretamente da toda poderosa.

A situação muda de figura e deixa de ser engraçada quanto está atrapalhando o trabalho de alguém, e ainda, quando, em um momento de seriedade, aparecem alguns engraçadinhos chacoalhando a mão de um lado para o outro.

O caso descrito remete às atrações jornalísticas. Quantas e quantas vezes você não viu pela TV um jornalista fazendo uma passagem ao vivo e, atrás dele, um pessoal se sacudindo? Pode ser engraçado para quem está dançando, contudo, para o profissional que tem um monte de informações para passar ao telespectador, essa graça inexiste.

Se acontece de o jornalista por algum momento se distrair e tropeçar em suas falas, pode ocorrer de perder o bendito fio da meada e esquecer todas as informações que estavam em sua mente. Pode parecer engraçado para quem está vendo, mas para quem está com o microfone na mão, a situação é outra. Já gravei passagens na rua e sei o que estou dizendo: até uma pomba voando tira a atenção. E repito: eu gravei. Imagine para quem faz isso ao vivo e não tem a possibilidade de fazer de novo.

Acredito que exista sim o momento de diversão, de fazer brincadeiras. Mas o jornalismo já está tão banalizado com profissionais que nem fizeram faculdade e usam um registro conquistado sabe-se lá como - isso quando não possuem sequer um desses fajutos e atuam como repórteres e apresentam telejornais -, e, quando são àqueles que agem com seriedade e querem apenas exercer sua função, as pessoas os atrapalham?

Acho que para tudo existe um limite, e premiar quem o ultrapassa, é sinal de falta de bom senso. A questão é que é difícil lidar com isso quando se trata do Pânico...

"Me diferencio das outras apresentadoras porque tenho conteúdo"

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