Isabel Fillardis revela que sofreu racismo na TV: "Preterida"

Isabel Fillardis foi a convidada do NaTelinha Talk desta quarta-feira (19) e revelou que sofreu racismo em diversas fases de sua vida, inclusive como atriz, na televisão. A veterana explicou que, com ela, sempre foi o racismo velado, que é o mais difícil de ser combatido, e destacou a importância de ações que combatam o preconceito.

Drika Oliveira e Helô Amighini, que conduziram o papo, pontuaram que o dia Dia da Consciência Negra se tornou feriado em todo o Brasil recentemente e questionaram a convidada sobre ela ter se deparado com racistas durante sua trajetória profissional.

+ O conselho que Daniel Radcliffe deu para ator que viverá Harry Potter na TV

+ Homem ameaça mulher com faca ao vivo no SBT; vídeo

"Sim, eu sofri na escola, sofri quando era modelo, mas sofri sendo preterida. Nunca sofri o racismo nu e cru, sofri o racismo estrutural. Às vezes, você não é escolhido mesmo tendo um currículo exemplar, sua entrevista foi muito boa, mas... É no 'mas' que está o racismo", explicou Isabel Fillardis.

A artista acrescentou: "'Isabel, você é muito boa para o papel, mas...'. Esse racismo é o mais difícil de ser combatido, porque a gente está falando de algo que vem sendo repetido na sociedade há séculos. Para que a gente possa modificar isso, são necessárias várias ações afirmativas, como a Lei de Cotas".

VEJA TAMBÉM

• Coluna do Sandro

  Netflix compra Warner Bros.: a jogada que vira Hollywood de cabeça para baixo
• Finalização do negócio

  Netflix vence disputa pela compra da Warner em acordo bilionário
• NaTelinha Talk

  Ex-diretor da Globo diz que perda da Olimpíada para a Record foi um baque
• Seja na terra...

  Título brasileiro do Flamengo garante alta audiência para a Globo no Rio

Isabel Fillardis falou sobre representatividade

Ainda no NaTelinha Talk, Isabel Fillardis admitiu que já não lembra de todos os episódios de racismo dos quais foi vítima, mas se disse consciente sobre a figura que representa na sociedade. "Esqueci muitas coisas, não é fácil falar de racismo na infãncia, mas foi importante entender porque eu era a última da fila sempre. Achava que eu era a mais alta, mas eu fugia de um colega indesejável", contou.

"Essa questão da minha representatividade me fez enxergar de fora o tamanho dela, as superações vistas de fora, mesmo narrando com maiores detalhes. Vendo de fora, falo 'nossa, que mulher'. Mas só vendo de fora que eu pude ver todas essas partes da minha vida", explicou ela.