Publicado em 17/11/2025 às 20:15:00,
atualizado em 17/11/2025 às 20:17:08
A preparação e o trabalho de Lorena Queiroz como protagonista de Carinha de Anjo foram detalhados por Rica Mantoanelli, ex-diretor de teledramaturgia do SBT, durante entrevista ao canal NT+Talk nesta segunda-feira (17). Ele relatou os bastidores da atuação da atriz mirim, que iniciou as gravações aos cinco anos e usava ponto eletrônico durante as cenas.
Segundo Mantoanelli, a escolha de Lorena levou em conta a desenvoltura da menina em testes realizados pela equipe. Ele afirmou que “a Lorena Queiroz foi escolhida para ser a nossa Carinha de Anjo. Ela tinha cinco anos de idade, não estava nem alfabetizada. Mas era uma menina expressiva, alegre e de muita personalidade”.
Para viabilizar a atuação da protagonista, a produção adotou um método incomum em novelas infantis. “Aconteceu dela trabalhar com ponto eletrônico, ou seja, ouvia uma pessoa passando a fala dela no ponto que ficava atrás do cabelinho dela para que não aparecesse na tela”, contou.
O diretor explicou que a atriz precisava executar múltiplas tarefas simultaneamente. “Ela tinha que reagir ao que o outro ator falava, além de entrar na fala dela no momento certo”, disse.
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Ele classificou o desempenho como fruto de treinamento específico conduzido pela equipe de preparação infantil do SBT, que orientava a atriz durante as semanas de gravação. “Então ela é um fenômeno, uma ninja desde o dia que pisou no estúdio pela primeira vez”, avaliou.
A rotina nos bastidores também incluía o equilíbrio entre gravações e obrigações escolares. Mantoanelli afirmou que “ela tinha que ser criança, né? Ir para escola. Tinha uma responsabilidade muito grande, porque era a protagonista da história e estava acima das 50% das cenas gravadas no início”.
A presença constante de Lorena nos capítulos exigia organização da produção, que estruturou blocos narrativos centrados na personagem. O diretor retomou ainda o enredo da novela para contextualizar a importância das primeiras cenas.
“Para quem não lembra, Carinha de Anjo conta a história de um pai que, traumatizado pela morte da esposa, viaja para Europa e deixa a filha em um colégio interno, que é a nossa Carinha de Anjo, interpretada pela Lorena Queiroz”.
Ele explicou que a novela não inicia gravações pelo primeiro capítulo, mas em episódios posteriores para que o elenco se adapte ao ritmo de trabalho. “Mas essa história especificamente é do reencontro entre o pai com a filha. Essa cena ocorre no primeiro capítulo”, afirmou.
A gravação dessa sequência enfrentou um impasse. Mantoanelli relatou que, às vésperas da filmagem, recebeu uma ligação da mãe da atriz. “A mãe da Lorena me liga e diz que ela não vai gravar essa cena. ‘Como assim, Gabi? Se ela não gravar essa cena, não tem novela’”.
Ele contou que a explicação envolvia questões emocionais da criança. “‘Ela não vai gravar porque não está preparada’. E eu: ‘Como assim? Que tipo de preparo? Fizemos tudo que tínhamos que fazer’. Aí ela falou: ‘É porque ela ama muito o pai dela na vida real e ela não está preparada para abraçar esse pai da novela, que é o Carlo Porto’”.
Diante da situação, ele buscou uma solução imediata. “Eu entendi. Liguei para o Carlo e falei: ‘Vai agora para casa dessa menina, leva ela para um parque, cinema e cria uma conexão, porque a gente precisa gravar essa cena semana que vem. Faça isso ao lado do pai dela para criar uma segurança que você não vai tirá-la do pai dela’”.
O intérprete do protagonista masculino seguiu a orientação, e o vínculo criado entre ator e atriz mirim passou a influenciar positivamente as gravações seguintes.
Segundo Mantoanelli, a aproximação se manteve mesmo após o término da novela. “Eles criaram uma relação tão bacana, que são amigos até hoje. Eles se citam até hoje”, relatou.
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Com uma carreira marcada por grandes sucessos na TV e no streaming, ele esteve à frente da direção artística de produções como Chiquititas, Patrulha Salvadora, Cúmplices de Um Resgate, Carinha de Anjo, As Aventuras de Poliana, entre outras novelas do SBT.
O impacto do seu trabalho ultrapassa fronteiras: Chiquititas entrou no ranking das 50 produções mais vistas da Netflix no mundo, com 162 milhões de horas consumidas e mais de 20 milhões de espectadores mensais no Brasil.
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Versátil, Rica também dirigiu realities como Ídolos e Se Ela Dança, Eu Danço, e inovou no digital como criador do canal TV ZYN, com mais de 7 milhões de inscritos. Ele também assinou projetos como Refollow, A Fantástica Máquina de Sonhos e diversos formatos originais.
Reconhecido internacionalmente, Rica Mantoanelli foi jurado do International Emmy Awards 2024 e participou de eventos como SXSW, Rio2C e NAB. Rica também é fundador da B.art – Escola de Audiovisual, onde já formou mais de mil alunos com o curso “Luz, Câmera, Ação”, baseado no conceito de "Ator Realizador".
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