Conhecido nacionalmente por ter vencido o reality Os Paranormais, quadro do Domingo Legal do SBT em 2014, Edu Scarfon lançou uma televisão para chamar de sua. Trata-se da Astral TV, primeiro canal holístico voltado à espiritualidade, autoconhecimento, saúde e bem-estar. No ar em São Paulo, podendo ser acessada pelo canal 52.1, pelo app Soul TV ou site oficial, Scarfon agora é uma espécie de "Silvio Santos da bruxaria". "Fazem essa brincadeira e fico lisonjeado. Como a maior parte do país, também admiro o Silvio Santos pela história", conta ao NaTelinha.
Segundo ele, os dois têm algo em comum. "Ambos terem vindo do nada e terem que ter tido uma superação muito grande, uma capacidade de superar os obstáculos e adversidades que não foi algo fácil. Não vim de família de televisão que tem TV, rádio nem nada do tipo. Na verdade, foi um trabalho iniciado do zero e que a gente está em vias, dando continuidade ainda na direção do progresso", acrescenta.
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Sobre a TV, o bruxo diz que sempre acreditou que existiu espaço para isso. Na visão do paranormal, as pessoas não exploravam esse espaço corretamente, deixando tudo restrito e avulso em programas femininos. Ou no máximo, em quadros. "Sempre achei que faltava uma emissora que desse espaço a esse tipo de conteúdo", pondera ele, que lamenta assuntos como o budismo, hinduísmo e religiões afro-brasileiras estarem esquecidas na TV, como a própria bruxaria.
Além de ter vencido o quadro Os Paranormais no SBT há quase 10 anos, o bruxo também teve quadros em programas do Amaury Jr., João Kléber e Mulheres, mas sempre existiu limitadores, já que estava preso a determinados formatos.
"Eu gosto de desafio. Algumas pessoas fogem, mas se eu percebo que pode trazer frutos e ser bom pra todo mundo, eu agarro. Aí surgiu a ideia de começar em alguma emissora, que tivesse disponível, que de repente não estivesse produzindo conteúdo, das quais as pessoas podem recorrer para fazer parcerias. A gente tem muitas emissoras que transmitem pouco conteúdo. A gente tem visto o cenário da televisão enfraquecer, do rádio, é onde tive a ideia de utilizar um desses canais para transmitir toda essa programação, que pensei que de repente poderia dar certo. Levou um tempo, necessidade de conversas e acabou dando certo com a Rede Mundial para que pudéssemos enviar colocar um canal em canal aberto para esse tipo de conteúdo."
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Edu Scarfon
Com formação em Jornalismo, Edu conta que o maio desafio é quanto às novas tecnologias. "As ferramentas de comunicação como internet que vêm com seus podcasts, aplicativos como Instagram, TikTok, que hoje em dia possuem uma força muito grande e que no geral treina as pessoas para consumir conteúdos rápidos e como consequência superficiais também. Diminuíram o consumo do rádio e televisão", observa.
"Um dos maiores desafios não só pra mim, como pra quem tá à frente de TV ou rádio, de como conseguir atrair esse público para continuar consumindo e a forma para isso é estar 'linkando' conteúdo do canal com também esses aplicativos de forma que a gente tem que ser multimídia. Um dos desafios maiores enfrentados é este. Além disso, um desafio grande pra mim também foi entender da parte técnica, de como tudo opera em relação a envio do conteúdo, a áudios, zelar pela qualidade do som e imagem. São coisas que estou aprendendo na prática. Estar por de trás em especial lidando com parte técnica, é algo que tem sido um aprendizado e estou gostando."
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O preço da TV
Quando se fala em televisão, naturalmente se associa a quantidade de dinheiro necessária para fazê-la. "Um minuto na TV é muito caro", reconhece.
Sem um grande patrocinador por trás da Astral TV, ele diz que reuniu esforços com colegas que gostaram do projeto e queriam estar nele. "Foi uma reunião de forças com vários terapeutas, colegas e amigos pra que pudéssemos tornar isso realidade. Nosso publico na internet ajudou, fez campanha de arrecadação financeira, foram coisas que nos possibilitam de colocar nosso projeto no ar."
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Estreando com 10 programas e 12 horas diárias no ar, Edu Scarfon quer mais. "Sempre acreditei que é possível fazer muito com pouco. Um pouco de criatividade e boa vontade é possível e vejo emissoras com estruturas grandiosas que não oferecem o mínimo de qualidade para seus telespectadores. O que a gente tem a curto-prazo é realmente fidelizar o público, mostrar pras pessoas que estão em casa, qual a nossa proposta e ir conquistando nossa audiência. A médio prazo é abrir nossa grade de programação pra que ela se torne 24 horas. Hoje nossa programação é 12 horas. Hoje começa às 9h30 e vai até 21h30 e depois ela reprisa das 21h30 às 9h30. Dentro de pouco tempo é que ela se torne 24h e a longo prazo é expandir o território para que a cobertura se torne nacional."
Questionado se a TV tomou tempo dos consulentes, o bruxo revela que optou apenas por trabalhar mais e não deixá-los na mão. "Acho que isso tem a ver um pouco com minha missão espiritual, de continuar aconselhando as pessoas, sem me desviar daquilo que foi o início de tudo, porque tenho um profundo amor e carinho por esse trabalho de ajudar as pessoas, o que elas estão atraindo, vivendo."
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"Continuo atendendo o mesmo número de pessoas semanalmente. O que aconteceu é que na verdade estou trabalhando mais. Mas acredito que é uma fase, um plantio, uma vez que tudo esteja estruturado dentro de um tempo, vou diminuir um pouco minha carga horária de trabalho."
E encerra: "TV é uma coisa tão trabalhosa, árdua e desafiadora que quando atendo as pessoas hoje, antes algo que via como trabalho é algo que me dá prazer e também é terapêutico porque é algo muito tranquilo. E me traz até uma paz perto dos desafios que tenho encontrado diariamente na TV".
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