Exposição e provocação aos golpistas: Como o JN noticiou invasão no Planalto

O Jornal Nacional desta segunda-feira (9) apostou em uma abordagem dura para retratar os atos golpistas do domingo (8), em que bolsonaristas invadiram a Praça dos Três Poderes. Já na escalada, que resume as notícias que serão exibidas ao logo da edição, o jornalístico chamou os manifestantes de "vândalos" e "golpistas". 

"A democracia brasileira busca os responsáveis pelo terrorismo na Praça dos Três Poderes. Quem estimulou os vândalos a depredar o patrimônio público para gerar o caos? Quem pagou a viagem de milhares de golpistas até o coração da capital?", iniciou William Bonner, na apresentação do JN. 

Renata Vasconcellos prosseguiu com os destaques do dia: "Acampamentos de bolsonaristas golpistas são desmontados em todo o país por ordem do ministro do STF [...] Os chefes dos poderes executivo, legislativo e judiciário reunidos se manifestam em defesa da democracia. E em repúdio a atos terroristas", completou. 

Confira a escalada do Jornal Nacional:

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O que aconteceu em Brasília? 

Contrários ao resultado das eleições presidenciais, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se organizaram para invadirem a Praças dos Três Poderes, em Brasília, para exigir intervenção militar e novas eleições. Por conta da situação, a Globo derrubou sua grade de programação do domingo para dar lugar a uma cobertura jornalística dos fatos até o começo do Fantástico.

A emissora também se manifestou publicamente contrária aos atos de terrorismo na capital do País. Por meio de um editorial, lido por Poliana Abritta no início do Fantástico, a Globo classificou o episódio como "terrorismo" e "uma vergonha". “Os que perpetram esse ato e seus mentores entram hoje para a história na galeria da desonra”, afirmou a jornalista.

Abritta ressaltou que os invasores chegaram a Brasília após convocação em redes sociais. “O objetivo desses golpistas era gerar uma situação de absoluto caos que levasse a uma intervenção militar, num desrespeito flagrante à Constituição, aos três poderes da República e ao processo eleitoral”, classificou, citando a eleição "legítima" de Lula no ano passado.