Publicado em 30/01/2022 às 08:17:19
Em 30 de janeiro de 1997, uma reportagem da Folha de S. Paulo anunciava uma parceria entre o SBT e a Disney. Com o acordo, além de um programa infantil para a emissora de Silvio Santos, os estúdios do Mickey Mouse forneceriam também, nos três anos seguintes, desenhos animados, seriados e cerca de 120 filmes. Estimava-se que, pelo negócio, o dono do Baú pagaria US$ 5 milhões por ano, o que resultaria em US$ 15 milhões.
Em entrevista ao NaTelinha, Ricky Medeiros, funcionário do SBT responsável por adiantar as negociações com a Disney, contou que a ideia de fechar parcerias com grandes estúdios, como Warner, MGM e Paramount, veio da vontade que Silvio Santos tinha de incluir bons filmes na programação do canal. "Eu falei: 'Vamos tirar a Warner da Globo?'. Demorou três anos, mas conseguimos. A Disney veio porque eles estavam de saco cheio da Globo, porque lá eles só colocavam desenho dentro do programa da Xuxa e eles queriam fazer um programa deles", revelou.
"Como o SBT era mais flexível, eu disse que poderíamos fazer, mas queríamos os filmes também. Foi assim que foi construído o negócio com a Disney, com o CRUJ", completou, se referindo ao programa infantil que, inicialmente, se chamava Disney Club e exibia desenhos animados. Até então, havia sido o maior acordo, em volume de dinheiro, fechado entre a Disney e uma emissora brasileira.
O Disney Club estreou em 28 de abril de 1997 e, em sua primeira fase, era exibido de segunda à sexta-feira, na faixa entre 18 e 19h, sofrendo algumas alterações em emissoras afiliadas. A Turma do Pateta, Os Super Patos, Timão e Pumba e Ana Pimentinha eram algumas das animações exibidas no programa.
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Dentro do Disney Club, se passava a TV CRUJ, uma emissora de televisão pirata que interceptava a transmissão de um grande canal. A sigla significava Comitê Revolucionário Ultra Jovem e foi uma ideia de Juca (Diego Ramiro) que, com a ajuda do irmão mais novo, Guelé (Leonardo Sierra Monteiro), e do melhor amigo, Macarrão (Caíque Benigno), usou o aparato que encontrou no sótão da casa onde morava para conseguir colocar sua programação no ar. O objetivo da turminha era exibir desenhos animados para que as crianças tivessem o que assistir em um horário que era ocupado por "programas de adulto", como telejornais e novelas.
Para não serem reconhecidos, já que a TV era pirata, os três usavam disfarces e se apresentavam com nomes diferentes. Juca se transformava em Caju usando uma máscara preta nos olhos. Já Guilé, ganhou o apelido de Chiclé e não aparecia sem boina, óculos e um bigode falso. Macarrão era chamado de Macaco e usava uma máscara representando o animal. Era ele que dava o play e colocava os desenhos no ar. O lema do trio era "Não somos crianças. Somos ultra-jovens e merecemos respeito".
Até deixar a grade de programação do SBT, em 2003, após uma série de reprises, o programa ganhou novos personagens e teve algumas mudanças de horários e formato, acompanhando o crescimento dos integrantes, que já eram adolescentes. Além do elenco original, uma das figuras mais famosas da atração foi Malu, que chegou até a emissora depois de procurar de onde vinha o sinal da transmissão e reivindicou os direitos das meninas na TV. Entrando para a trupe, se identificava como Maluca e usava perucas e óculos coloridos.
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