Publicado em 17/08/2020 às 18:56:04
O estupro de uma garota de 10 anos pelo tio revoltou Cátia Fonseca. No Melhor da Tarde desta segunda-feira (17), a apresentadora da Band criticou manifestantes que se posicionaram em frente ao hospital onde a gravidez da vítima seria interrompida e mandou um recado à extremista Sara Geromini, que divulgou o nome da criança ilegalmente.
"Eu, Cátia, não sou a favor do aborto. Eu nunca faria. Eu estou dizendo para mim. Para os outros, acho que são decisões que cada um tem que tomar. Não estou dizendo em casos de estupro, estou dizendo. Eu tive meu filho com 18 anos. Agora, em um caso como esse, uma garota de 10 anos, que não tem os órgãos sexuais prontos para uma relação sexual, um útero que não tem a flexibilidade para conseguir aumentar de tamanho para receber esse feto no crescimento e que ela simplesmente poderia em alguns casos morrer, em outros ter que ser arrancado o útero da garota, simplesmente porque ela levou à frente uma gravidez que foi vinda de um estupro do tio!", opinou Cátia.
Em seguida, a apresentadora da Band se posicionou contra a Sara Geromini, militante de extrema-direita que apoia o presidente Jair Bolsonaro e já trabalhou com Damares Alves no Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos.
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"As pessoas pararem lá eu também acho terrível, agora essa menina, essa tal de Sara Winter, ai, gente. Olha, Sara, eu vou te dizer uma coisa. Você devia ficar presa, trancada em casa de vergonha e nunca mais botar sua cabeça para fora. Ela expôs o nome da criança, deu informações pedindo para as pessoas irem lá ajudar a evitar que a criança fizesse esse aborto! Por que que ela não cuida da vida dela?", gritou a titular do Melhor da Tarde.
"Ela deveria, viu, dona Sara, colocar a foto do tio estuprador para quem tivesse informações para entregá-lo, e não ficar dando o nome de uma criança. Gente, isso é contra a lei! Você não pode expor uma criança desse jeito. Essa criatura, que se diz influencer, para mim você não é nada. Quer dizer, nada é muito!" prosseguiu a apresentadora, indignada.
Cátia ainda pediu para que a religião não fosse usada para justificar a pressão contra a interrupção da gravidez da criança vítima de estupro.
"Vindo de uma mulher, aí eu fico possuída. Porque, criatura, dona Sara, você é mulher, se você tivesse 10 anos, seu tio te estuprasse, o que você ia achar? A mesma coisa que você está achando na vida dos outros? Por que você não toma vergonha na cara, tem responsabilidade e age como uma pessoa digna que você tem que ser? Não interessa se cada um é favorável ou não ao aborto. Eu sou contra, no meu caso eu nunca faria, mas vamos deixar a religião de lado? É uma criança de 10 anos que foi estuprada pelo tio há quatro anos! Dez anos! Pense você com uma filha de 10 anos que o tio estuprou e a criança pode morrer porque vai ter um filho vítima de um estupro! Mesmo que fosse uma mulher adulta, criança ainda é pior! Cada um tem o direito apoiado pela lei de fazer sua decisão! Cuida cada um da sua vida! Vai atrás, se dedica, de ir atrás do desgraçado do tio que estuprou a menina por quatro anos e que está foragido!", complementou.
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