Publicado em 27/06/2020 às 10:23:00
Em 26 de junho de 2000, Walcyr Carrasco estreava aquela que seria o primeiro de uma série de 15 folhetins na Globo, entre autor principal, coautor ou supervisor de texto: O Cravo e a Rosa. A novela repetia a dobradinha vitoriosa na extinta TV Manchete em 1996 com o diretor Walter Avancini (1935-2001).
O Cravo e a Rosa foi inspirada em William Shakespeare em A Megera Domada na São Paulo de 1927. A reciclagem trouxe Eduardo Moscovis (Petruchio) e Adriana Esteves (Catarina) nos papéis principais que já foram de Aracy Cardoso e Edson França em A Indomável (Excelsior, 1965) e de Antônio Fagundes e Maria Isabel de Lizandra em O Machão (TV Tupi, 1974).
Nas outras versões, a novela não era de época. De acordo com Avancini, o folhetim de Carrasco retrataria os anos 20 porque com o fim da Guerra, houve uma euforia mundial que acabou com o crash da Bolsa de Nova Iorque, em 1929. "A novela vai até 1928 para enforcar essa euforia", disse ao jornal O Estado de São Paulo em maio de 2000.
A princípio, a novela teria 107 capítulos, mas terminou com 221. A visão de fazer com que O Cravo e a Rosa fosse uma mescla de rumor e simplicidade fez com que a trama logo caísse no gosto popular.
A trama que "patinou" abaixo dos 30 pontos nas primeiras semanas, e teve até problemas em setembro ficando abaixo dessa pontuação por oito semanas consecutivas, deslanchou na virada do ano. Não por acaso, atingiu 42 pontos de média em seu último capítulo, algo inimaginável nos dias de hoje.
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A história de que Walcyr Carrasco escreveu Xica da Silva contratado do SBT é conhecida. O autor criou um pseudônimo para trabalhar, sob sigilo, com o amigo: Adamo Angel. No canal de Silvio Santos, escreveu Cortina de Vidro (1989) e Fascinação (1998).
Mas, antes de se mudar de vez para a Globo, deixou uma novela pronta de 154 capítulos intitulada de Segredos, que tratava sobre um casamento por contrato. "Acho estranho fazer uma trama sem ter o retorno do público. Mas Silvio pediu", amenizou o autor ao O Estado de São Paulo em 2000.
O Cravo e a Rosa estreou há 20 anos. Estamos em 2020, e desde então, não houve um ano que Walcyr Carrasco não estivesse no ar com tramas inéditas.
Contemos, além de O Cravo e a Rosa (2000-01), acrescentamos A Padroeira (2001-02), A Esperança (2002-03, que o autor pegou após Benedito Ruy Barbosa ter que sair por problemas de força maior), Chocolate com Pimenta (2003-04), Alma Gêmea (2005-06), Sete Pecados (2007-08), Caras & Bocas (2009-10), Morde e Assopra (2011), Gabriela (2012), Amor à Vida (2013-14), Verdades Secretas (2015), Êta Mundo Bom (2018), O Outro Lado do Paraíso (2017-18) e A Dona do Pedaço (2019).
Pela primeira vez em 20 anos, Walcyr Carrasco não escreve uma história inédita na Globo. O Cravo e a Rosa foi a porta de entrada para isso.
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