Publicado em 08/05/2020 às 22:10:15
A opinião de Chris Flores sobre Regina Duarte chegou ao governo Bolsonaro. O chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social), Fábio Wajngarten, atacou a apresentadora do SBT por ter criticado a secretária de Cultura no programa Triturando.
"Uma pseudoapresentadora de TV aberta julgou e triturou o comportamento político da Regina Duarte. É o mesmo que meu time de futebol do prédio falar de Neymar, Ronaldo e Pelé. Cresça e apareça e não use mais pessoas como escada para tentar ser alguma coisa de importante na TV", escreveu o integrante do governo no Twitter.
Wajngarten não citou Chris Flores, mas foi a opinião da apresentadora que viralizou nas redes sociais, mesmo com a decisão unânime do elenco do programa de "triturar" Regina Duarte. Na atração, Lívia Andrade, Gabriel Cartolano e Mara Maravilha discordaram da postura da ex-atriz da Globo durante entrevista ao canal pago CNN Brasil.
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"Eu quero te agradecer por essa entrevista, porque finalmente eu conheci quem é a Regina Duarte. Não é a Raquel de Vale Tudo. Não é a Malu Mulher, não é a Helena do Manoel Carlos e nem a Viúva Porcina. Esta é a Regina Duarte que eu não conhecia", afirmou Chris Flores, que também criticou indiretamente o governo.
"Quando você aceitou ser, não ministra, né, porque Cultura não merece nem um ministério, ser secretária especial de Cultura, eu fiquei me perguntando. Largar uma carreira tão brilhante, tantos anos no teatro, na TV, e aí você aceitou. Fiquei me perguntando por quê. Mas depois desta entrevista eu entendi. Você foi coerente com quem você é aceitar este cargo, neste momento, neste governo", concluiu a apresentadora, "triturando" Regina com o robô Fofobyte.
Wajngarten faz a ponte entre as emissoras e Bolsonaro. Em 2019, o SBT recebeu 41% da verba publicitária do governo federal (contra 29,6% no ano anterior), segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo.
Silvio Santos, em comunicado enviado pela assessoria de imprensa do SBT há três semanas, afirmou que "jamais se colocaria contra" Bolsonaro, chamado de "patrão" pelo apresentador e empresário.
"A minha concessão de televisão pertence ao governo federal e eu jamais me colocaria contra qualquer decisão do meu 'patrão' que é o dono da minha concessão. Nunca acreditei que um empregado ficasse contra o dono, ou ele aceita a opinião do chefe, ou então arranja outro emprego", comunicou Silvio.
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