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Repórter da Record vira árbitro profissional e foge do jornalismo esportivo

Fábio Peixoto atua no Rio de Janeiro e se divide entre as duas profissões

Fábio Peixoto vem crescendo nas duas carreiras
Por Eduardo Rangel

Publicado em 17/12/2019 às 07:00:29

O jornalista Fábio Peixoto, que vem ganhando espaço como repórter na Record Rio, também nutre outra grande paixão: o futebol. Além de se dedicar ao jornalismo, já tendo passado pela Rádio Bradesco Esportes FM, CNT, Band e Fox Sports, Fábio é árbitro profissional de futebol e concilia as duas profissões. 

Desde criança ele assistia aos programas de esporte na hora do almoço e se via fazendo algo voltado ao meio, sendo jornalista ou alguma outra função. Após passar em Educação Física em duas universidades federais do Rio de Janeiro, Fábio decidiu então ir até as emissoras de televisão entregar currículo e realizar um dos seus sonhos.

“Eu sempre gostei de jornalismo e de esporte, e sempre gostei também de assistir ao Globo Esporte. Me imaginei assim 'que legal que deve ser trabalhar falando sobre o que você gosta. Entrevistando e estando próximo aos seus ídolos'. Estudei com o objetivo de ser ou jornalista ou algo relacionado ao esporte que no caso seria a Educação Física. Passei na UFRJ e na UFF em Educação Física, mas acabei não passando no vestibular para jornalismo”, contou ele em entrevista ao NaTelinha.

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Seu primeiro emprego foi na Rádio Bradesco Esportes FM, do Grupo Bandeirantes, como estagiário. Depois de alguns meses, conseguiu seu tão sonhado emprego na TV, na CNT. “Surgiu a ideia de colocar meu currículo, que até então só tinha o ensino médio e o curso de inglês, nas emissoras. Ao invés de enviar por e-mail, eu bati na porta delas, na Band eu fui atendido e na mesma hora eu fiz a entrevista e fui para casa. No dia seguinte me ligaram falando que tinha uma vaga pra mim na Rádio Bradesco Esportes e comecei como estagiário lá. Fiquei 10 meses. Fui para a CNT para trabalhar com reportagem e produção. Voltei para a Band, fiz Copa do Mundo, Olimpíadas e fiquei novamente por quase 3 anos”, listou.

Encerrando a sua passagem pelo Grupo Bandeirantes e CNT, Fábio Peixoto foi convidado para fazer parte da equipe do Fox Sports. “Entrei no Fox Sports no setor de interatividade e internet, eu não estava muito satisfeito com esse setor, aí veio a oportunidade de ir para a Record. Entrei como estagiário e em um ano e meio aqui, consegui ser efetivado. Fiz produção, apuração, repórter na moto (motolink), e agora eu sou repórter de rua e de todos os editoriais e programas aqui da televisão”, destalhou.

Repórter garante que tem apoio da Record, conciliando as escalas

Nesse meio tempo, Fábio Peixoto teve a oportunidade de fazer o curso de árbitro de futebol e se formou pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, onde atua apitando partidas profissionais dos Campeonato Carioca - Série B, Sub-15, Sub-17, entre outros. No currículo de profissional da arbitragem tem jogos do Flamengo, Vasco e Botafogo.

“Como eu sempre gostei de futebol e joguei futebol, joguei em alguns clubes de base, mas desisti. Com 17 anos eu fui convidado para fazer o curso de arbitragem na FERJ. O curso dura quase um ano, com 18 eu me formei e comecei a exercer a função de imediato nas categorias de base. Hoje eu estou no profissional e vou aos poucos subindo e galgando caminhos mais altos na arbitragem. Já apitei jogos de jogadores importantes no cenário mundial como o Vinicius Jr, Lucas Paquetá, incluindo alguns jogadores que foram campeões da Libertadores este ano pelo Flamengo”, revelou.

Para conciliar as reportagens na Record e os jogos como árbitro, Fábio Peixoto diz que tem total apoio da emissora: “Para conciliar as minhas profissões eu tenho muito o aval da Record, ela aceita muito bem essa minha outra profissão. Eu consigo conciliar as escalas, se eu estou escalado em um eu consigo pedir dispensa em outro”.

Na TV, Fábio é repórter dos programas Balanço Geral e Cidade Alerta Rio. À reportagem, ele explica que optou por se afastar um pouco do jornalismo esportivo já que não se sentia bem em apitar um jogo, às vezes expulsar um jogador e no dia seguinte estar no centro de treinamento do clube fazendo entrevistas.

Torcedor do Flamengo - que entra nesta terça-feira (17) em campo pelo Mundial de Clubes -, o jornalista acredita que precisa de cautela nessa exposição, porque com as redes sociais cada vez mais fortes, os torcedores também não poupam críticas aos jornalistas que têm os seus times preferidos revelados.

“Infelizmente tem torcedores que confundem as coisas e acham que os outros não podem ser profissionais. Assim como os árbitros têm time de futebol, os jornalistas também tem time de futebol. Eu acredito que não tenha problema revelar, vai de cada um assumir o seu time. Claro que tem que ter uma cautela. Meu time sempre foi assumido, e sempre fui bem recebido em todos os lugares que eu fui independente do clube”, finalizou.

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