Publicado em 02/11/2023 às 20:40:00
Uma vacina desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu um prêmio internacional por seu potencial para tratar a dependência química de cocaína.
A vacina, chamada de “Calixcoca”, ainda está em fase de testes, mas já mostrou resultados promissores em animais. Os testes demonstraram que a vacina é segura e eficaz na prevenção da dependência química, bloqueando moléculas da droga que estariam associadas ao vício.
Além disso, os testes também mostraram que a vacina pode proteger fetos contra a dependência química. Isso é importante, pois a exposição à cocaína durante a gravidez pode causar problemas de desenvolvimento no feto.
O prêmio, de 500 mil euros, foi concedido pela Eurofarma, uma empresa farmacêutica brasileira. O prêmio reconhece o potencial da vacina para melhorar o tratamento da dependência química, um problema que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
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“Estamos muito felizes com esse reconhecimento”, disse Frederico Garcia, coordenador do projeto de pesquisa. “Esse prêmio é um incentivo para continuarmos trabalhando no desenvolvimento da vacina, para que ela possa ser disponibilizada para pacientes em breve.”
A vacina Calixcoca funciona de uma forma diferente das vacinas tradicionais. Em vez de prevenir a infecção por um organismo, ela atua no sistema imunológico para proteger o paciente da dependência química.
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A vacina contém um ativo que se junta às pequenas moléculas da cocaína, criando uma macromolécula. Essa macromolécula consegue chamar a atenção do sistema imunológico, que começa a produzir anticorpos específicos que se encaixam na macromolécula.
Esses anticorpos também podem se ligar à cocaína livre presente no sangue do indivíduo que fez uso da droga. Dessa forma, não haverá cocaína livre na corrente sanguínea para se ligar aos receptores que poderiam desencadear a dependência química da cocaína e todos seus efeitos deletérios.
Os pesquisadores ainda precisam realizar testes clínicos com humanos para confirmar a segurança e a eficácia da vacina. No entanto, os resultados preliminares são promissores e indicam que a Calixcoca pode ser uma nova opção para o tratamento da dependência química.
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