Guinness investiga se houve fraude no registro do cão mais velho do mundo

A morte de Bobi, o cão mais velho do mundo, aos 31 anos, chamou a atenção dos veterinários, que questionaram a possibilidade do animal ter vivido tanto tempo assim.

Segundo um porta-voz do Guinness World Record, a organização está “ciente das questões em torno da idade de Bobi” e irá “investigá-las”. O veterinário Danny Chambers disse ao portal The Guardian que, caso Bobi realmente tivesse 31 anos, seria equivalente a um humano de 200 anos.

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“Nenhum dos meus colegas veterinários acredita que Bobi tivesse realmente 31 anos. Isso equivale a um ser humano viver mais de 200 anos. Não é plausível”, afirmou Chambers. Ainda de acordo com o veterinário, as “alegações extraordinárias exigem provas extraordinárias, e nenhuma prova concreta foi fornecida para comprovar a idade” do animal.

Embora o tutor do cão, Leonel Costa, afirme que a mãe de Bobi viveu até os 18 anos e outro cão da família morreu aos 22 anos, isso não é suficiente.

Para manter a credibilidade, Chambers pontuou que o Guinness precisa publicar “evidências irrefutáveis”. Uma das fotos que está em análise mostra supostamente Bobi em 1999. As patas, entretanto, seriam diferentes das do cão que morreu neste mês.

Outro ponto levantado está relacionado ao registro de Bobi. Ainda que a idade do cão esteja na base de dados nacional para animais de estimação, ela é feita por meio da certificação dos tutores. Além disso, os testes genéticos confirmaram que ele era velho, mas não indicaram a idade exata.

A investigação do Guinness deverá durar algumas semanas. Se Bobi for realmente desclassificado, o título de cachorro mais velho do mundo passará para Toby Keith, um cão da raça border collie que morreu em 2020 aos 21 anos.

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Fato ou fraude?

A investigação sobre a idade de Bobi ainda está em andamento, mas já levantou dúvidas sobre a veracidade do recorde. Se Bobi realmente tivesse 31 anos, ele seria o equivalente a um humano de 200 anos. Isso seria um feito extraordinário, mas não é impossível.

Há relatos de cães que viveram mais de 30 anos. O mais antigo registrado, Bluey, um pastor australiano, morreu em 1939 aos 29 anos e 5 meses. No entanto, os especialistas afirmam que Bobi não apresentava os sinais típicos de um cão tão velho. Ele ainda era ativo e brincalhão, e não apresentava problemas de saúde graves.

Além disso, as fotos de Bobi ao longo dos anos mostram que ele não mudou muito de aparência. Isso sugere que ele pode ter sido registrado com uma idade mais jovem do que a real.