Atriz que gravou série sobre os Mamonas Assassinas elenca coisas bizarras no set

Fernanda Schneider tem 21 anos de idade e uma carreira já consolidada na internet. Desde 2015 no YouTube, seu canal soma quase três milhões de inscritos. No Instagram, o número é ainda maior: 6,7 milhões de seguidores. Agora, encara o desafio de viver Adriana, uma personagem fictícia na série e filme sobre a carreira da banda Mamonas Assassinas. Ao longo das gravações, "causos bizarros" não faltaram.

"Quando fomos gravar a cena do último show da banda, estava fazendo um sol absurdo e, do nada, o tempo fechou completamente! Faltando dez minutos para começarmos a gravar, começou a chover muito em Guarulhos e todas as luzes acabaram", recorda ela em entrevista ao NaTelinha.

Mas não foi só essa. O elenco também presenciou uma luz que acendeu e ficou piscando exatamente em cima de uma Brasília amarela, o que causou choque. "Foi muito bizarro", relembra.

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O filme e a série vão retratar a trajetória meteórica da banda que foi vítima de um acidente aéreo fatal, em 1996. Nas obras, Fefe interpreta Adriana, a namorada do vocalista do Mamonas Assassinas, Dinho, mas que não existiu nada vida real.

Fefe, como é conhecida, é formada no curso de Artes Cênicas da CAL (Casa das Artes de Laranjeiras) e no curso de preparação de atores de Paloma Riani, fez seu primeiro longa-metragem aos 16 anos e é protagonista do filme Avassaladoras 2, com previsão de lançamento para este ano. A série do Mamonas Assassinas será exibida na Record.

Confira a entrevista na íntegra: 

NaTelinha - Como você foi selecionada para viver a namorada de Dinho no filme dos Mamonas Assassinas? Como foi o contato inicial?

Eu já tinha trabalhado com a Total Filmes antes, então eles me convidaram para o teste para a gravação do filme e da série e aconteceu! Sempre quis atuar em uma obra baseada em fatos reais, acho muito incrível poder reconstruir uma história, então essa oportunidade é a realização de um sonho! Como produzo conteúdo sobre crimes, fatos sobrenaturais e curiosidades, acabou tendo muito a ver comigo.

NaTelinha - O que você conhecia da banda até ser selecionada para esse trabalho, já que você, pela idade, não acompanhou a ascensão dos Mamonas "ao vivo"?

Não cheguei a ser fã na época, porque ainda não era nem nascida, mas conheço muita gente que via os meninos como ídolos! Lembro muito dos meus tios e primos colocando as músicas deles nas festas de família, e meu namorado também era muito fã. Me senti honrada por poder ajudar a contar a história dos Mamonas.

NaTelinha - Você conversou com a Valeria, namorada do Dinho do Mamonas Assassinas na vida real? Como você se inspirou para compor a personagem? Como foi todo esse processo?

Eu interpreto a Adriana, que é uma personagem fictícia. Ela não é uma representação específica de alguém, é uma junção de várias parceiras do Dinho. Como eles tiveram uma trajetória meteórica e, infelizmente, houve o acidente que parou o Brasil, encontrei muita coisa sobre a banda na internet e consumi tudo que encontrei. Pesquisei muito, assisti muitos vídeos para chegar ao set sabendo bastante sobre eles. A gente também conheceu as famílias dos meninos, o que foi muito especial e fundamental pra vivermos os personagens. Eles estavam muito dispostos a ajudar a construir as obras. Fiquei sabendo de várias fofocas, eles contaram muitas histórias legais de bastidores e da vida pessoal deles.

NaTelinha - Existiu alguma coisa de "sobrenatural" que tenha acontecido nos bastidores? Um sonho, uma "visão" ou qualquer coisa do tipo?

Aconteceram várias coisas bizarras no set. Quando fomos gravar a cena do último show da banda, estava fazendo um sol absurdo e, do nada, o tempo fechou completamente! Faltando dez minutos para começarmos a gravar, começou a chover muito em Guarulhos e todas as luzes acabaram. A gente ficou sem saber o que fazer, aguardando retornar! O mais estranho foi que só uma luz se acendeu e ficou piscando, exatamente em cima da Brasília amarela. O estacionamento inteiro ficou no breu e a luz piscando. Todo mundo se olhando incrédulo. Foi muito bizarro!

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NaTelinha - Qual o legado você acredita que a banda tenha deixado?

Eles eram alegres e deixaram músicas muito divertidas que até hoje são conhecidas pelas pessoas. É uma banda que marcou gerações. Eles eram autênticos, originais, e isso é muito importante na arte. Os fãs tiveram pouco tempo para conhecer os meninos, que eram geniais. Eles viveram vidas normais, mas tinham sonhos gigantes.

NaTelinha - Consegue imaginar se eles fariam sucesso até os dias de hoje se estivessem vivos?

Com certeza! Os Mamonas representam alegria e isso sempre é bem-vindo no mundo artístico. O filme vai ser uma oportunidade das pessoas que o acompanharam mergulharem nessa nostalgia de ver a história e ouvir as músicas, e é uma chance da minha geração, mais jovem, conhecer um pouco do que veio antes também. A geração Z precisa conhecer os Mamonas! Temos um humor mais leve que combina muito com o que eles produziram.

NaTelinha - O que a série e o filme do Mamonas Assassinas vão contar que o grande público ainda não sabe? Tem alguma novidade nesse sentido?

Temos que deixar algum fator surpresa para quem for assistir, não é? O que posso dizer é que essa superprodução teve muita pesquisa e trabalho nos bastidores. O filme vai tratar de vários temas que geram curiosidade. Vocês vão conferir o resultado logo logo.

NaTelinha - Quando foi que você se deu conta do seu real crescimento na internet? Já imaginava que poderia viver dela?

Eu não esperava! Já no primeiro vídeo que publiquei no TikTok, atingi um milhão de visualizações no TikTok! Como sempre gostei de assuntos relacionados a true crime e atividades sobrenaturais, e ainda não era um tema explorado no Brasil, comecei a fazer conteúdos nesse estilo. No início, gravava 20 vídeos por dia e postava um por hora, falando sobre teorias da conspiração, crimes e curiosidades. O crescimento foi muito rápido e me surpreendeu demais. Eu vivo da internet, atualmente é o meu principal trabalho e me abriu muitas portas. Tenho muito orgulho da minha trajetória.

NaTelinha - Com uma vida digital já consolidada, o que ainda te motiva nesse universo? Ou seja, você já alcançou tudo que queria alcançar?

Conquistei uma audiência fiel, e acho que sempre é possível crescer. Um lado muito positivo na internet é que sempre é possível expandir, falar de coisas novas, estar atualizado. Não conquistei tudo porque acho que sigo aprendendo também, me desenvolvendo.

NaTelinha - Fora da internet e depois do filme, existe algum objetivo como atriz, como por exemplo, novela, que é um sonho para muitos?

Comecei a gravar vídeos para atingir meu grande objetivo, que é atuar. Amo a comunicação como um todo, tenho feito entrevistas com elencos de filmes internacionais, mas ser atriz sempre foi o meu sonho. Me sinto realizada em cada parte do processo, desde os ensaios e prova do figurino até o momento de assistir a obra pronta! Já conquistei muitas coisas no meio, e quero seguir fazendo filmes, séries, quem sabe novelas. Estou muito aberta para as oportunidades que surgirem.