As Noivas de Copacabana: Minissérie da Globo foi inspirada em maníaco da vida real

“Foi daqui que anunciaram um vestido de noiva?”. Com essa frase, Donato fazia sua primeira interação com futuras vítimas da minissérie As Noivas de Copacabana, exibida com sucesso em 1992 e resgatada pelo Globoplay nesta segunda-feira (1º). O serial killer da ficção, vivido por Miguel Falabella, foi inspirado em um maníaco da vida real.

A concepção da minissérie surgiu quando o autor Dias Gomes (1922-1999) assistiu a um quadro sobre psicopatas exibido no Fantástico. O protagonista foi baseado em Heraldo Barroso Madureira, morador de Niterói (RJ), condenado por estupros. Ele chegou a fugir três vezes, mas foi capturado definitivamente em 1992, ano da minissérie.

Assim como o personagem de As Noivas de Copacabana, o criminoso da vida real escolhia suas vítimas por meio de anúncios nos jornais de venda de vestidos de noiva. Por isso, em geral, eram mulheres recém-casadas. Ele disse ter começado a praticar os crimes após sua mulher o trair com um homem que exigia que ela usasse um vestido de noiva.

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O psicopata foi preso pela primeira vez em 1986. “Faço tudo isso para me vingar da minha ex-mulher. Também tenho raiva das mulheres que se casam”, disse à polícia na época, após ser capturado na casa de uma de suas vítimas, Marlene – que deu nome à personagem vivida por Tássia Camargo na série da Globo.

Em julho de 1992, Heraldo foi condenado a 32 anos de prisão, por estupro, extorsão e assalto, e outros processos que ainda transitavam na Justiça. O podcast Café com Crime apontou que o criminoso caiu no esquecimento e, atualmente, não há informações sobre seu paradeiro; não se sabe se ele cumpriu sua pena ou fugiu novamente. Se estiver vivo, tem entre 70 e 75 anos.

Em As Noivas de Copacabana, Donato é morador do famoso bairro da Zona Sul carioca. Leva uma vida acima de qualquer suspeita, porém, é um serial killer que mata suas vítimas estranguladas durante o ato sexual, sempre após pedir que elas usem vestidos de noiva. No desfecho, descobre-se que, no passado, ele foi abandonado no altar.

Além de Miguel Falabella, a minissérie tinha no elenco nomes como Patricia Pillar, Reginaldo Faria, Christiane Torloni, Tássia Camargo, Ana Beatriz Nogueira, Marieta Severo, Hugo Carvana, entre outros. A direção ficou a cargo de Roberto Farias, experiente cineasta de filmes policiais.