Manuela D'Avila deixa o PCdoB após 25 anos

Na manhã desta segunda-feira (4), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) confirmou a saída de Manuela D’Ávila, ex-deputada federal e um dos nomes mais influentes da esquerda brasileira. A decisão partiu da própria ativista, segundo nota oficial, que afirmou ter havido um "diálogo persistente e respeitoso" para que ela permanecesse na legenda.

Os esforços, no entanto não foram suficientes para manter a filiação que se estendia por 25 anos. Manuela D’Ávila construiu sua trajetória no PCdoB ocupando diversos cargos eletivos. Iniciou como vereadora em Porto Alegre, tornando-se depois deputada estadual e federal pelo Rio Grande do Sul.

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Além de sua atuação política, Manuela também é reconhecida como jornalista, escritora e empresária, atributos que, segundo o partido, consolidaram seu papel como uma liderança no campo progressista. Em 2018, a política foi candidata a vice-presidente na chapa de Fernando Haddad (PT), numa eleição em que a dupla foi derrotada por Jair Bolsonaro (PL) e Hamilton Mourão, atual senador pelo Republicanos do Rio Grande do Sul. 

A presença de Manuela na campanha presidencial aumentou sua projeção como defensora de causas sociais e progressistas. A derrota, no entanto, foi sentida pelo grupo. Dois anos depois, Manu foi candidata a prefeita de Porto Alegre, também pelo partido. Tida como favorita, ela liderou toda a corrida eleitoral e aparecia em primeiro lugar nas pesquisas, mas acabou derrota por Sebastião Melo.

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O afastamento de Manuela do partido já era discutido publicamente. No mês passado, em uma entrevista no programa ICL Notícias, ela comentou sobre a saída, mencionando a “falta de opção” como um dos motivos para sua decisão. “Esta é minha reflexão individual e coletiva daqueles que militam comigo”, afirmou.