Bolsonaristas criam plano para culpar Lula por invasões em Brasília

Os bolsonaristas já traçaram uma estratégia ousada para tentar isentar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de culpa nas invasões golpistas ocorridas em 8 de janeiro. A intenção de parlamentares é fazer com que Lula (PT) seja envolvido na quebradeira na Praça dos Três Poderes em Brasília graças a depoimentos falsos de presos naquele dia.

Uma fonte importante da capital federal conversou com o NaTelinha e explicou como funcionará a estratégia. A ideia é convencer algumas pessoas que estão presas desde o dia 8 de janeira a fazerem depoimentos falsos quando forem convocadas para falar na CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) no Congresso Nacional.

Essas pessoas teriam por objetivo dizer que eram infiltradas do PT para incentivar a invasão e a tentativa de golpe. Elas teriam que afirmar terem sido pagas para induzir à multidão para destruir tudo o que visse pela frente tanto no Planalto, quanto no Congresso e na sede do STF (Supremo Tribunal Federal).

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Na visão de bolsonaristas a estratégia é boa porque mostraria que a invasão teria sido coordenada pelo PT e por Lula para enfraquecer o adversário, no caso Bolsonaro, e fazer uma espécie de perseguição contra inimigos políticos.

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Nos corredores de Brasília, no entanto, fala-se que isso seria um tiro no pé. Um deputado falou com a reportagem e lembrou que não há hipótese disso funcionar porque teria de mostrar quando houve a infiltração, já que todos ali demonstraram apoio a Bolsonaro desde muito tempo antes da eleição. O parlamentar lembrou ainda que, caso a denúncia aconteça, quem disser isso e não provar, poderá sofrer outras penalizações previstas em lei e a situação ficará ainda mais complicada.

A reportagem falou com dois parlamentares bolsonaristas que estão na CPMI e eles confirmaram que houve essa estratégia, porém está praticamente descartada. Segundo eles, porque não foram encontrados infiltrados dispostos a falar. "Eles continuam fiéis ao PT e garantem que são bolsonaristas, mentindo descaradamente", reclamou um deputado.