Publicado em 13/01/2024 às 09:33:00
Nova novela das nove da Globo, Renascer estreia no próximo dia 22 de janeiro cercada de muitas expectativas. Além de ser a releitura de um clássico, um dos maiores da história do canal, a trama carrega outra responsabilidade enorme: repetir o sucesso de Pantanal, remake que a mesma equipe de roteiro e direção emplacou 2 anos antes.
A saga de José Inocêncio (Marcos Palmeira), em meio à produção de cacau na região de Ilhéus, na Bahia, guia essa nova Renascer, repleta de amores, dramas, humor, ambientalismo e, claro, disputas. As relações familiares ganham o tom com os altos e baixos entre o patriarca e os filhos João Pedro (Juan Paiva), José Venâncio (Rodrigo Simas), José Bento (Marcelo Mello Jr) e José Augusto (Renan Monteiro).
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Neto do criador do enredo, Benedito Ruy Barbosa, Bruno Luperi explica a necessidade de fazer adaptações após quase 31 anos da primeira versão. "Mexer num clássico da dramaturgia brasileira, onde novela é algo sagrado, tem um pouco aquela coisa de técnico da seleção. Acho que se as pessoas reclamam, mas continuam assistindo, a novela está sendo bem feita. Autor não é para ser amado. Resumo o meu lugar a uma pessoa que foi designada para adaptar um clássico. Minha proposta não é recriar Pantanal ou Renascer, é adaptar aos dias de hoje", diz.
"Sou muito fiel ao autor que me precede. Não estou aqui para reinventar a roda. É como se a Globo tivesse me dado a chave de um jardim que meu avô plantou há 30 anos. Eu entro no jardim, consigo ver o que rendeu bem e aquelas espécies que precisam ser melhoradas. Em Pantanal, minha função era a abrir a porteira para quem não tinha assistido e trazer o saudosismo para quem viu. Mexer no brio das pessoas é isso, vai ter quem goste, quem não goste. Quando parece que não fiz nada na novela, é um bom sinal. Espero que Renascer seja assim", completa.
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"Espero que as pessoas assistam à primeira versão e se questionem. Eu assisti de novo. Acho ótimo que as pessoas consigam criar este paralelo entre as duas versões. Acho que temos espaço na dramaturgia para debater questões atuais e narrar a história de José Inocêncio. Se quiserem me xingar, me xinguem. Não existe um duelo entre as duas versões", garante o autor, em razão das críticas das tais "viúvas de Renascer".
Baseada na obra de Benedito Ruy Barbosa, Renascer tem autoria de Bruno Luperi, direção artística de Gustavo Fernandez, direção geral de Pedro Peregrino e direção de Alexandre Macedo, Walter Carvalho, Ricardo França e Mariana Betti.
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Assim como no original, o remake de Renascer conta com um elenco de peso. Lideram a lista, entre outros, Marcos Palmeira, Juliana Paes, Humberto Carrão, Edvana Carvalho, Juan Paiva, Marcelo Mello Jr, Renan Monteiro, Rodrigo Simas, Theresa Fonseca, Jackson Antunes, Ana Cecília Costa, Sophie Charlotte, Matheus Nachtergaele, Camila Morgado, Vladimir Brichta, Alice Carvalho, Irandhir Santos, Enrico Diaz, Chico Diaz, Antonio Calloni, Maria Fernanda Cândido, Xamã e Pedro Neschling, nomes que se preocuparam em pesquisar a versão original, mas ao mesmo tempo buscaram imprimir novas camadas e olhares aos seus personagens.
Confira:
"Eu ainda não conversei com Patrícia [Pillar] sobre a Eliana dela, mas assisti à novela. Não tinha assistido antes, mas sabia da importância dela. É uma expectativa muito diferente de outros remakes que havia feito, como Tititi e O Rebu. Desde a nossa reunião de workshop, eu fique bem emocionada e surpresa de como é emocionante estar numa novela com tantos preceitos. E ter esta homenagem ao Benedito e diretores que participaram da primeira versão. Sobre a Eliana, os tempos mudaram e a minha personagem se transforma bastante nesta passagem de tempo. Então, ao mesmo tempo que assisti ao trabalho da Patrícia, me senti na liberdade de criar uma nova Eliana. Tenho também a sorte de trabalhar com atores que admiro e já estou encantada com o Pedro, o Rodrigo e a Gabriela. Acho que é uma mistura de responsabilidade e liberdade criativa".
"Eu assisti à primeira versão e o que tenho pra dizer sobre esta nova Buba é que ele não foi construída sozinha. Troquei com Bruno [Luperi], preparadora e elenco. Ela é muito intensa, mexe no meu âmago, nos meus textos e na minha poesia. É uma personagem muito complexa. Troquei muito com a Maria Luisa Mendonça e ela me disse para ir no caminho do afeto. Deste sentimento que ela não teve. Acho que é muito importante este personagem, acho que vai mudar minha vida pessoal, como mulher. Estou muito feliz com esta equipe, que tem me dado um respaldo muito especial. Espero que as pessoas recebam a Buba de braços abertos".
"Acho engraçado porque vejo meus 'irmãos' [Juan Paiva, Rodrigo Simas e Renan Monteiro] falarem do sentimento e o meu personagem tem o contrário desta coisa afetiva. Acho que ele tem muito respeito pelo pai, mas um sentimento improdutivo. O José Bento não gosta da pescaria, ele gosta do peixe pronto. Ele cria uma individualidade de querer que eles façam tudo por ele. O José Bento é mais canalha dos irmãos. Eu conheço o Renan há muito tempo, viemos da mesma escola de teatro e as pessoas confundiam a gente. Agora somos irmãos".
"A gente vai estar numa família em que os filhos foram criados pelo pai, e no Brasil a maior parte dos filhos é criada pelas mães. Acho que é uma família que sofre pela falta de afeto. Eles cresceram longe deste pai e também quase sem a lembrança da mãe. E a cobrança do pai fere o orgulho deles. E tem esta cobrança, o pai dizendo que 'deu todas as condições' como se afeto fosse isso".
"Estou maravilhado. Não imaginei que faria uma novela tão cedo. Fiquei tentado. Queria fazer porque amei [a Renascer de 1993], me afetou. Sou de Salvador e Itacaré. [A trama] me impactava muito, a meus amigos também. Sou muito fã da novela, da primeira versão. Estou muito feliz. Poder contar essa história. Estar nessa versão. Falar da terra. Pedi uma benção ao Herson Capri [que viveu o personagem]. Ele foi elegante, gentil, e me senti abençoado. Sobre o Egídio, prefiro fugir do arquétipo de vilão e mocinho. Mas o Egídio não tem como fugir. Prefiro não vê-lo como vilão, mas é um canalha, perverso, execrável. Adoro o personagem, mas enquanto indivíduo não daria um bom dia. A novela é progressista. Há um Brasil antigo, com valores muito ruins, desrespeito, exploração. Ainda existe e é frequente, inclusive nas classes dominantes. Figuras oligarcas. Ele representa um pouco disso. Pretendo que ele pague pelos excessos, pelos abusos e crimes. Tem que ter cuidado [com o Egídio]. Ele quer vingar a morte do pai. É um homem ressentido, inveja o José Inocêncio. Essa motivação dele é terrível. E ela existe. [Aproveito para] agradecer a Camila Morgado pela parceria".
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