"Preciosa é capaz de muitas outras coisas, de ir além com relação a Alice, que era uma menina. Então, eu acho que ela é minha primeira vilã oficial [risos]."
Publicado em 21/08/2023 às 07:59:00,
atualizado em 21/08/2023 às 09:36:23
O retorno de Marina Ruy Barbosa às novelas veio caprichado. Depois de 4 anos longe da TV, seu trabalho mais recente foi em Deus Salve o Rei (2018), a atriz está no papel da vilã Preciosa Montebello, em Fuzuê.
Mas esta não é a primeira vez que a ruiva coloca suas garras de fora. Em conversa com a imprensa no lançamento do folhetim da Globo, a intérprete da entojada recordou seu trabalho em Morde & Assopra (2011), comparando as duas personagens.
"Preciosa é capaz de muitas outras coisas, de ir além com relação a Alice, que era uma menina. Então, eu acho que ela é minha primeira vilã oficial [risos]."
Foram muitos os motivos que fizeram a atriz aceitar o trabalho e, sem dúvida alguma, o principal deles foi o perfil da antagonista da nova novela das 19 horas, escrita por Gustavo Reiz.
"Em Deus Salve o Rei eu era uma mocinha, em o Sétimo Guardião (2018) também. Então, eu estava buscando algo que eu pudesse mostrar o outro lado do meu trabalho, e eu tô me dedicando, me esforçando, pra isso", confessa.
Com relação à semelhanças com seu papel na trama, Marina aponta apenas o gosto pela moda. "A Preciosa é bem absurda! Tem coisas que ela fala com uma certa naturalidade que são bem absurdas. Na primeira semana, vocês já vão ver do que ela é capaz", previu.
E ela não estava errada. Já nos primeiros capítulos, Preciosa mandou o Paschoal (Juliano Cazarré) acelerar a morte do Nero (Edson Celulari), dono da Fuzuê, a loja que conta com um tesouro enterrado. "Ela é capaz de matar, de passar por cima da mãe, do marido. Ela não tem limites. Se coloca sempre em primeiro lugar", fala.
Além de proprietária de uma joalheria, a filha de Bebel (Lilia Cabral) é também influencer digital e usa o seu canal na internet para atrair seguidoras com dicas de como vencer na vida.
"Preciosa tem essa força do pensamento, de que tudo o que você joga para o universo ele devolve, mas para ele retribuir você tem que emanar coisas boas. Ela fala isso, mas na vida é completamente diferente. É bem passional e só faz as coisas em benefício próprio", dispara.
Por causa desse comportamento que a atriz avalia a vilã como alguém dúbia. "Ela tem uma personagem dentro da personagem, porque o que ela demonstra para o público é muito diferente da pessoa que ela realmente é em casa e com quem está ao seu redor", entrega.
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Fuzuê não marca apenas a volta de Marina Ruy Barbosa à tela, mas a parceria com colegas por quem ela é pura admiração. Lilia Cabral, que faz a mãe da Preciosa, e Felipe Simas, com quem é casada na trama, além do diretor Fabrício Mamberti.
"Incrível voltar a trabalhar com a Lilia de quem eu sou muito fã, admiro o seu trabalho", vibra. "Na fase de preparação, eu ia pra casa dela estudar, com a Julia, sua filha, também. Então, tá sendo muito gostoso. E é só o começo, né?", vibra.
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Com o Felipe, logo após a confirmação do revival do casal, a web foi rápida na trolagem. "A gente até viu na internet alguma coisa sobre ser a Elisa e o Jonatas do metaverso", diz, se referindo aos personagens que eles interpretaram em Totalmente Demais (2015).
"É completamente diferente, e isso é muito legal! Poder ter intimidade, confiança, parceria com ele me dá mais liberdade em cena. A gente às vezes se toca, para e fala: 'Que loucura!", reage.
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Outro ponto alto da Preciosa é a música tema, Erva Venenosa, da saudosa Rita Lee. A atriz recorda como foi a escolha e o quanto que ela torceu para que fosse aceita por ser muita fã da cantora.
"Quando o Fabrício [Mamberti] começou a editar algumas cenas da Preciosa, ele colocou a canção Erva Venenosa e me mandou um spoiler. 'Nossa, olha isso! Eu acho que ficou incrível'", comemorou.
Logo depois, Marina confessa ter ficado em cima do diretor para saber se a música havia sido aprovada ou não, e quando veio a confirmação pulou de alegria.
"Rita [Lee] era muito à frente do tempo dela, mas eu não associaria à personagem porque a Preciosa é bem específica", observa.
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A atriz reforça que Fuzuê é uma homenagem do Gustavo Reiz às grandes novelas, às grandes vilãs, mas apesar de trazer velhos clichês como briga de comida e tapa na cara, tem seu DNA próprio.
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Apesar dessas referências, Marina nega que tenha se inspirado em alguém para criar sua Preciosa. "O Gustavo traz esses aspectos de vilania muito forte, de uma bem autêntica e engraçada, que o texto já vai me dando. Tudo vai me alimentando", justifica.
A atriz finaliza torcendo para que o público fique dividido entre amar e odiar sua personagem. "Eu espero que tenha um mix. [risos]. Às vezes, eu acho impossível defender a Preciosa. Outras eu falo: 'Ah, tudo bem! Eu até entendo ela um pouco. Ela é um personagem carismática", conclui.
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