Autor de Fuzuê rebate críticas sobre temas repetidos nas novelas: "Às vezes, a gente só precisa de um clichê"
Folhetim marca a estreia de Gustavo Reiz na TV Globo
Publicado em 25/07/2023 às 04:15,
atualizado em 25/07/2023 às 12:20
Fuzuê estreia dia 14 de agosto na Globo com a missão de conquistar os telespectadores de Vai na Fé, sua antecessora. Escrita por Gustavo Reiz, e com direção artística de Fabrício Mamberti, a novela marca a estreia do autor na emissora carioca.
"É a estreia na emissora que cresci assistindo, que me formou como telespectador. Estrear numa grade que teve também Mulheres de Areia é uma gratidão profunda, é uma grande emoção", disse o escritor durante bate-papo online com a imprensa, na última segunda-feira, 24.
Assim como o folhetim de Rosane Svartman, a próxima novela das sete aposta, também, na nossa brasilidade, na diversidade de personagens com quem os telespectadores vão se identificar.
"Eu vibro muito com o sucesso de Vai na Fé. O sucesso de uma novela é o sucesso do gênero. Eu sou novelista noveleiro. Como espectador, sempre recebi com muito carinho as novelas que começavam, acho muito sadio estas mudanças de gênero, entregar outras possibilidades artísticas para o telespectador", acrescenta.
Fuzuê vem com a promessa de uma trama leve e divertida, que discute sobre conflitos sociais e familiares, mas sem nunca perder o bom-humor. "Sou um apaixonado por novelas, principalmente por novelas das sete. Tenho um carinho muito especial, faz parte da minha formação como telespectador", fala o autor.
Aliás, o gênero comédia já é uma marca registrada do horário na emissora, acostumado a tramas de sucesso como Guerra dos Sexos (1983) e TiTiTi (1995), por exemplo. Gustavo, aliás, promete trazer algumas homenagens.
"Em ‘Fuzuê’ tudo pode acontecer. O gênero da novela é uma comédia romântica com vários gêneros misturados. Eu achei que seria interessante visitar essas novelas que eu cresci vendo. Teremos algumas referências mais diretas”, adianta
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Questionado, Reiz não teme comparações quando se trata de um folhetim. Para o autor, uma novela com de 176 capítulos precisa ter variações de temas se quiser atrair o telespectador, desde que sejam relevantes para a sociedade. O segredo está na forma de contar essa história. Ele escolheu através do entretenimento.
"Às vezes, a gente só precisa de um clichê", dispara.
O autor, aliás. acha até muito comum as cobranças. Principalmente, quando se tem pela frente a missão se substituir um grande sucesso, e confessa que a cobrança maior vem dele mesmo. “A cobrança é mais interna. Todo mundo faz novela pra ter sucesso", avalia.
Gustavo ainda ressalta a importância de uma boa equipe. "Olha quantas pessoas envolvidas, ninguém faz nada sozinho. A nossa expectativa é de que, realmente, agrade ao telespectador, que faça sucesso também e abra caminho pra outras”, enfatiza.
Fabrício Mamberti completa a observação do autor exaltando o elenco afiado. "O desafio maior era achar o ponto de equilíbrio. Trabalhamos muito na emoção e na verdade destes personagens. A história, mesmo com grandes viradas, é uma história muito clara", conclui.
Por dentro desse Fuzuê
Em Fuzuê, Giovana Cordeiro é Luna, uma moradora do Bairro de Fátima, localizado no Centro do Rio de Janeiro, que ganha a vida vendendo biojoias, trabalha com material reciclado e é membro de uma ONG.
A heroína está em busca da mãe desaparecida, Maria Navalha (Olívia Araújo), vista pela última vez na loja de departamentos que fundada por Nero (Edson Celulari), e que leva o nome da novela.
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A trama ganha um tom de mistério quando Preciosa, vilã interpretada por Marina Rui Barbosa, descobre a existência de um tesouro enterrado onde o empreendimento foi construído, dando início a uma grande caça ao tesouro.
Já a vida da protagonista e da antagonista desta história se entrelaçam no momento em que a empresária confirma a existência de uma irmã bastarda, e fará de tudo para não ter que dividir nada com ela.