Publicado em 27/07/2022 às 04:00:00, atualizado em 27/07/2022 às 08:23:43
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Na próxima quinta-feira (28), a primeira versão brasileira de Chiquititas (1997-2001) completa 25 anos. Na novela infantil do SBT, Pierre Bittencourt interpretou o Mosca, um dos personagens mais marcantes da trama, ex-morador de rua e irmão de Pata (Aretha Oliveira). Aos 38 anos, o ator conta ao NaTelinha curiosidades dos bastidores do folhetim, detalhes de sua trajetória artística e propostas que surgiram após o fim do projeto. "Vieram muitas ofertas, de vários lugares, com muitas vertentes. Desde festa de 15 anos, presença vip, até a G Magazine quando eu fiz 18 anos", lembra, que hoje integra o elenco do humorístico A Praça é Nossa.
Pierre conta que apesar de ter tido passagens por publicidade, cinema e TV desde pequeno, com o fim de Chiquititas escolheu continuar no teatro, que foi "de onde saiu". "Ter estreado aos nove anos no teatro com o Paulo Autran foi muito mágico pra mim", pontua, dizendo que fez todos os tipos de teatro possíveis e imagináveis e pôde continuar morando em São Paulo, sua cidade natal, já que, na época, para participar de novelas da Globo ou da Record, ele precisaria se mudar para o Rio de Janeiro.
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"Até que, em 2003, acabei fazendo uma outra novela, com 18 anos, dois anos depois voltar de Chiquititas, que foi A Pequena Travessa, no SBT. Depois, em 2008, fiz outra novela, na Band, chamada Água na Boca. Não precisei sair de São Paulo e continuei trabalhando dentro das vertentes que me agradavam e me agradam até hoje. Até me encontrar na dublagem. Há 15 anos eu faço dublagem e foi uma vertente que apareceu na minha vida e que me trouxe muitos benefícios. Não só profissionais, mas também de satisfação pessoal, de poder emprestar a minha voz pra muitos personagens e muitos atores famosos, ou não, mas com bastante conteúdo na minha carreira. Fico feliz com essa trajetória no pós-Chiquititas, vieram muitas ofertas, só que eu fiz as minhas escolhas", explica.
O ator considera o Mosca como o personagem mais marcante de sua carreira e diz que, toda vez que alguém fala com ele sobre Chiquititas, ele percebe uma energia diferente e muito carinho vindo do público. Para ele, o sucesso da novela se deve a uma junção de fatores, como a temática, focada em amor e sonhos, e o fato de ter crianças nos papeis principais, o que gerava identificação entre quem atuava e quem assistia. "Naquela geração, a gente não tinha tantas opções de entretenimento. A televisão e a novela tinham data e hora marcada, era todos os dias às 18h. As crianças tinham que sentar pra assistir Chiquititas porque era o grande sucesso, aquilo era comentado na escola e não tinha como assistir depois. Você não podia ir no YouTube e assistir aquele capítulo que você perdeu. Era naquele momento e pronto", destaca, citando uma curiosidade que, segundo ele, poucas pessoas sabem.
"Eu lembro que, no final da quarta para a quinta fase, o grupo tava voando. As crianças estavam super afinadas e a gente tinha uma conexão cênica e na vida. O grupo era muito bom, todos os grupos eram bons. Mas eu lembro que nessa fase quem dirigia o estúdio era o Cláudio Ferrari e ele deixava a gente muito à vontade para improvisar, brincar em cena. E muitas vezes a gente gravava cenas sem ensaiar. A gente já gravava direto porque ele confiava na gente, sabia que o grupo estava super alinhado. É uma boa lembrança essa, de ficar muito à vontade em cena e fazer aquilo como se fosse uma brincadeira mesmo. A gente improvisava, brincava e se divertia. E as cenas ficavam ótimas e iam pro ar assim mesmo."
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Elenco de Chiquititas tem grupo no WhatsApp e vai ganhar documentário
Pierre Bittencourt ressalta que sempre teve o apoio dos pais para manter a cabeça no lugar e os pés no chão. Graças a isso, o ator diz que soube lidar com as respostas negativas que já recebeu e sempre entendeu que, mesmo fazendo testes, poderia ser que ele não ficasse com o trabalho. "Eu sempre soube disso e que, se pegou, ok, se não pegou, tudo bem também, a gente tenta no próximo e vida que segue, vamos embora pra frente. E a gente segue com esse pensamento até hoje."
"É legal a gente falar isso porque essa questão da expectativa pega em muitas pessoas, todo mundo tá ansioso, querendo conquistar o seu lugar e chegar numa fama ou num determinado local que foi gerado ali como expectativa dentro da mente daquela pessoa. Muitas vezes isso não acontece, então tem que ter a cabeça no lugar e entender que tá tudo bem também se a gente não chegar em primeiro. Se a gente chegar no segundo, tá tudo bem e, numa próxima, a gente tenta chegar em primeiro. Basta acreditar, estudar, seguir adiante com muita firmeza no propósito e assim chegar no objetivo", ensina.
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Perguntado sobre com quais colegas de elenco ele ainda mantém contato, o artista conta que eles têm um grupo em um aplicativo de mensagens. "Nós temos um grupo no WhatsApp onde estão muitas ex-crianças do elenco. Até a Flávia Monteiro está nesse grupo. Lá a gente dá parabéns, divulga os trabalhos que cada um faz, e também marca o nosso encontro anual. Nesse grupo a gente tem o contato de todo mundo que fez a novela", celebra ele.
O elenco do folhetim infantil está ansioso pela estreia do documentário Anos Depois, produzido em comemoração aos 25 anos da trama. O projeto tem a direção de Cristian de Ciancio, que era cinegrafista na Telefe quando Chiquititas foi gravada em Buenos Aires. "O que eu posso dizer sobre o documentário é que ele vai ficar simplesmente fantástico. Recolheram todo o nosso material, gravado em fitas mini VHS naquela época. Todo esse material foi recolhido por eles, digitalizado, editado e somado com os nossos depoimentos nos dias atuais. Então vai ser um mix, não só dos atores, mas as mães também deram depoimentos, teve alguém da produção também que falou, alguns atores adultos também falaram, então vai ser um mix dos depoimentos que nós demos nos dias atuais com as imagens que eles recolheram de cada um do elenco naquela época", adianta o eterno Mosca.
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"Nós também estamos curiosos pra ver o que vem porque eu não sei o que tinha na fita da Aretha, por exemplo. E a Aretha não sabe o que tinha na fita da Renata. E a gente não sabe o que tinha nas fitas de cada um. A gente também tá muito curioso porque a gente quer se ver nesse momento, que foi tão marcante, tão maravilhoso nas nossas vidas. Não só nas nossas vidas, enquanto atores, fazendo novela, mas também das pessoas que assistiram, das crianças que assistiram e hoje têm a nossa idade. É nostalgia pura. É um documentário que vem pra alcançar um lugarzinho muito especial no coração de cada um. Tenho certeza que vai ser, no mínimo, fantástico", aposta ele, sobre a produção que será lançada em breve.
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