Poliana Moça finalmente chegará à tela do SBT na noite desta segunda-feira (21). Em entrevista ao NaTelinha, Ricardo Mantoanelli, diretor-geral da novela, diz que a expectativa da equipe é que a trama siga os mesmos passos de outras obras da casa, como Cúmplices de Um Resgate (2015-2016) e Carinha de Anjo (2016-2018), que se tornaram um fenômeno na Netflix. "Hoje em dia, todo mundo está lutando pela mesma coisa, que é a atenção do espectador. O streaming é nosso concorrente, não é só a televisão aberta. A gente tá tentando atrair nosso público da melhor forma possível", pontua ele, antes de destacar alguns pontos.
"Como são muitos jovens, tem muita conversa pelo telefone, então estamos usando uma linguagem gráfica mais bacana pra eles se comunicarem. Temos a personagem da Sara também, pra quem demos uma roupagem e uma voz diferentes, mais jovens. Ela imita um pouco um pet, é a inteligência artificial. A gente tem procurado misturar a tecnologia e um pouco da linguagem jovem, da câmera em movimento, além de termos um cuidado maior com a fotografia", adianta.
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Mantoanelli ainda fala da diferença entre Poliana Moça e sua antecessora, As Aventuras de Poliana, e faz referência mais uma vez sobre ao streaming. "A gente quis imprimir um pouco dessa linguagem de série com a qual o nosso público já está acostumado, para sair um pouco da coisa clássica da televisão. São vinte cenas por dia no estúdio, em média, e doze cenas por dia em externas, mas a gente tenta fazer o melhor possível, nesse objetivo de imprimir uma linguagem um pouco mais ligada às séries", explica, citando alguns recursos, como o uso de drones e slow motion [nome dado em inglês para o efeito de câmera lenta].
A principal diferença entre uma novela e outra serão os conflitos vividos pelos personagens principais, que deixaram de ser crianças e já estão na adolescência. O diretor do folhetim revela como lidou com a paralisação dos trabalhos por conta da pandemia da Covid-19 e comemora a volta aos estúdios. "Foi uma grande decepção a gente ter tido que parar as gravações. Foi um momento muito difícil pra gente. Então, rever todo esse pessoal dois anos depois, com sangue nos olhos, com vontade de contar essa história, todo mundo parece que tava com um sonho interrompido e voltou com uma energia muito boa. Lógico que com uma carga de não estar trabalhando, não estar exercitando o músculo da memória", descreve ele.
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Sophia [Valverde, intérprete de Poliana] volta mais madura. Ela tava com 13 anos e agora tem 16, tem mais propriedade pra falar sobre essa fase. Serviu de aprendizado, de amadurecimento pra todo mundo. É um clima muito bom no set. E eles sabem muito sobre os personagens, então a gente consegue fazer uma cocriação juntos, no momento em que estamos gravando", comemora, acrescentando ainda que a equipe já está com cerca de um terço dos capítulos gravados e cinco clipes musicais, que serão inseridos em diferentes momentos da trama.
Diretor de Poliana Moça conta suas principais apostas para a novela
Ricardo Mantoanelli aposta no sucesso de Poliana Moça e diz que acredita que duas temáticas da novela serão as que vão chamar mais a atenção do público. "A gente tem dois motores principais. O primeiro é a Poliana, agora com os seus conflitos de adolescência. Ela vai ter seu primeiro namorado e é uma menina muito doce, que tem dificuldade de falar 'não' e vai ficar sempre entre o Eric (Lucas Burgatti) e o João (Igor Jansen)", adianta ele, falando sobre o garoto mais popular da escola e o melhor amigo da protagonista.
O outro motor da história, segundo o diretor, é o Pinóquio, que terá a missão de converter Roger (Otávio Martins) em um homem bom. "São duas obras clássicas que se encontram: Poliana Moça e Pinóquio. Coincidentemente, esse era meu livro de cabeceira, o primeiro livro que eu lembro de ter lido quando criança. Quando a Íris [Abravanel] me fez o convite, isso encheu meus olhos. O Pinóquio é esse menino que exerce o efeito de nostalgia sobre a gente e tem um lado rebelde. Ele vai aprender as coisas como robô, muito pelas mãos dos vilões que vão sequestrá-lo. Ele vai aprender com o tempo as atitudes certas, então vai ter muita rebeldia no início. E a gente vai contar essas duas histórias em paralelo e vai chegar um momento em que elas vão se cruzar", encerra.
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