Publicado em 14/12/2019 às 09:36:50
Amor de Mãe está em pleno andamento e aclamada pela crítica. E não é por acaso: a autora Manuela Dias conseguiu dispensar elementos clássicos de um folhetim e fez sua primeira novela densa e acima da média ao longo da década.
Embora tenha havido outras que marcassem nesses últimos anos, Amor de Mãe está em outro patamar justamente pela ousadia em não apelar para o escapismo, soluções fáceis e reviravoltas mirabolantes.
O NaTelinha lista cinco fatos que tornam Amor de Mãe muito diferenciada das demais.
Confira:
VEJA TAMBÉM
Manuela Dias e José Luiz Villamarim fazem uma das dobradinhas mais acertadas da TV. A "química" entre autor e direção artística precisa existir para fazer a novela funcionar, e nesse caso, transborda.
O entendimento recíproco já foi vista na minissérie Justiça, produzida em 2016, e o público pode se deleitar em uma direção precisa e acertada em todos os momentos.
Desde o posicionamento dos personagens, passando pelas execuções e planos, que é o próximo item da lista.
O primeiro capítulo foi um excelente cartão de visitas, com um plano-sequência mostrando Magno (Juliano Cazarré), um dos filhos de Lurdes (Regina Casé), saindo do trabalho e se deparando com um motorista atropelado.
A sequência foi até cruzar com o carro de Thelma (Adriana Esteves), reunindo vários acontecimentos sem um único corte.
Trabalho difícil de se ver em produções, imagine em novelas, onde o ritmo é frenético e a produção, industrial.
O uso de travelling e câmera nervosa também são recorrentes em Amor de Mãe, que aproxima a história ainda mais do público e dos sentimentos provocados pelo folhetim.
Esse item é chover no molhado. Manuela Dias tem um texto acima da média, unindo realismo e imprimindo uma verdade rara de ser vista no gênero.
Sem os didatismos e textos vergonhosos da trama anterior, Amor de Mãe prova que uma novela pode sair da zona de conforto e ousar, apesar de estar pagando um preço por isso, com uma audiência distante daquela que a Globo considere ideal.
A qualidade do texto da trama certamente fará com que ela seja uma das campeãs de exportação a partir de 2020.
Como o texto é realista, o conceito dos personagens não poderia ser diferente. Descrita desde o início como uma novela sem vilão, Manuela Dias cumpre isso à risca, apesar de postulantes à isso, como é o caso de Álvaro (Irandhir Santos).
Ao contrário de outras grandes novelas, onde as mocinhas bobocas e trouxas fizeram tanto sucesso, e vilões sem escrúpulos que ultrapassam o limite do insano ganharam cartaz, desta vez não há esses elementos em uma novela das nove.
Ao invés das histórias de amor clássicas e rotineiras de como qualquer telenovelas, Amor de Mãe preza pela dramaticidade e densidade.
É uma sucessão de acontecimentos e fatos melodramáticos conduzidos pela autora e direção de maneira com que o telespectador fique fisgado na tela.
A capacidade de Manuela em fazer um bom drama, a um ritmo tão acelerado e longo como novela se mostra também diferenciado. A sensibilidade também transborda.
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Coração Acelerado
É muita humilhação
Choque de realidade
Surpresa do além
A fila vai andar
Pobreza pega
Farsa
Preocupação
Reta final
Virada
Nunca foi ao ar
Flerte
Dona de restaurantes
Ambição sem limites
Briga pelo poder
Inocente
Ambulante
Reta final
Em busca da verdade
Vai ter barraco