Boicote

Aliado de Bolsonaro, dono da Havan suspende propagandas na Globo

Anúncio oficial foi divulgado pela empresa

Luciano Hang suspendeu propaganda da Havan na Globo. Foto: Divulgação
Por Naian Lucas , com Redação NT

Publicado em 07/11/2019 às 09:26:45

Luciano Hang, um dos maiores apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, anunciou que suspendeu todas as propagandas nos principais jornalísticos da Globo, além de uma novela e um programa de entretenimento para sua rede de lojas, a Havan.

Segundo nota oficial divulgada à imprensa na noite dessa quarta-feira (06), a suspensão de publicidade acontece nos jornais Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Jornal Nacional, Jornal da Globo, além de Malhação e do Caldeirão do Huck. "Não compactuamos com o jornalismo ideológico e algumas programações da Rede Globo Nacional e estamos sendo cobrados pela sociedade e nossos clientes", diz o texto.

Ainda no documento, Luciano Hang deixa claro que trata-se de um boicote à programação da emissora carioca por conta da guerra contra o presidente Jair Bolsonaro. "As eleições do ano passado mostraram que a grande maioria dos brasileiros quer mudanças", informou.

Sem especificar os problemas da Globo, a nota seguiu: "Enquanto esses programas prestarem um desserviço à nação e irem contra os valores da família brasileira, não voltaremos a anunciar. A Havan acredita que é através do otimismo, da confiança e da união de todos que vamos desenvolver e gerar empregos que o Brasil tanto precisa".

Por fim, Hang ainda dá a entender que busca o apoio de outras empresas contra a Globo. "Entendemos que o setor empresarial tem que ter a coragem e a responsabilidade de não aceitar o errado como verdadeiro. Juntos vamos mudar nosso país. O Brasil que queremos só depende de nós", finaliza.

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Havan na Globo

Assim como aconteceu com uma rede de supermercado que também anunciou boicote à Globo, a Havan optou por não suspender os anúncios na programação local do canal.

"Por ora, manteremos nossas propagandas nas afiliadas e jornais locais, que ainda informam a sociedade de forma mais isenta e conservadora", explica.

Veja a íntegra da nota:

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