Altos e baixos

Priscila Fantin chora ao lembrar crises de pânico e depressão: "Não tinha mais vida"

A atriz se emocionou ao compartilhar a luta que travou contra o seu íntimo

Priscila Fantin lembrou crises de pânico - Foto: Reprodução/YouTube/Montagem NaTelinha
Por João Paulo Dell Santo

Publicado em 28/10/2024 às 20:15:00

No ar na reprise de Alma Gêmea (Globo), Priscila Fantin passou por um momento tenso na carreira quando precisou lidar com o sucesso e se viu perdida. Como consequência, a atriz chegou a desenvolver crises de pânico.

"Eu não tinha mais vida, mais motivo. Eu não entendia para quê que eu estava viva. Eu acordava e falava: 'O que eu faço?'. Isso foi sempre entre uma personagem e outra, que eram períodos muito curtos, eu ficava sem saber o que fazer porque não tinha um roteiro para seguir", disse Priscila Fantin em entrevista ao canal Parece Terapia, da psicóloga Pâmela Magalhães.

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"Quando tive num maior período entre uma personagem e outra, eu fiquei realmente estagnada, dizendo: 'Como é que liga a vida sem roteiro, sem personagens, sem ninguém falando como tinha que ser?'. Foi aí que tive a minha primeira crise de pânico. Fiquei com o corpo inteiro formigando. Não conseguia respirar", completou.

A intérprete de Serena da trama de Walcyr Carrasco contou que precisou desacelerar para enfrentar com a situação. "Depois de descobrir a depressão e tratar, eu fui vivendo, e num entorno mais nocivo ainda, de um relacionamento abusivo, e aí eu cheguei num limite, em vários limites", desabafou Priscila.

"Depois de eu conseguir me desvencilhar desse relacionamento, foi bem difícil, eu levei cinco anos para isso, eu tive uma crise no ciático. Eu sentia uma dor no coração insuportável e fiquei sem andar, e minha perna esquerda parou, e nada funcionava, remédio, hospital, nada. Ali, eu meio que entendi que não tinha mais o que fazer", comentou.

Fantin revelou que se curou quando deu o primeiro beijo no atual marido, o ator Bruno Lopes - eles estão juntos desde 2018. "É meio estranho (risos). Mas em me curei no dia que conheci o Bruno e na hora que a gente se beijou. Eu já tinha decidido ficar sozinha, queria me isolar. Aí uns amigos iam fotografar com o Bruno lá em casa. Ali, no primeiro olhar, ele enxergou em mim a pessoa que eu não conhecia. Ele me viu. E na hora que a gente deu um beijo, a minha dor passou. E assim, com esse suporte, ele foi essa força", confidenciou a famosa, às lágrimas.

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Vale lembrar que essa não é a primeira vez que Priscila Fantin fala da luta contra a depressão. "Aos 26 anos, tive o diagnóstico de fato, mas, hoje, sei como a depressão age no nosso organismo, na nossa cabeça e no nosso comportamento. Posso dizer que já carregava uma tristeza profunda desde uns 19 anos", disse a atriz em recente entrevista à coluna Play, do jornal O Globo.

"A depressão ocorre por deficiências de neurotransmissores e de produção de determinadas substâncias no meu organismo. Tenho sempre que estar cuidando. Existem manobras para me manter saudável, mas ela pode se instalar de novo", explicou.

"É sempre uma relação intensa com a minha condição. Tento lidar com o maior carinho, cuidado, paciência e respeito comigo mesma. Senão, fica pesado demais", declarou Fantin.

"A depressão nunca afetou meu trabalho. Não houve consequência para a minha interpretação e para a vida das personagens. Em Alma Gêmea, não tinha o diagnóstico, o peso de saber e o tratamento. Mas a Serena, por si só, já é um antidepressivo. Vivenciar as minhas personagens é um antídoto", analisou a famosa.

Ela também comentou sobre a experiência de poder rever esse personagem tão importante em sua carreira. "Não tem outra emoção possível: estou feliz e grata. É uma obra-prima, uma trama que foi um fenômeno e sempre será. É uma novela curativa. Todos os núcleos têm uma lição positiva", opinou Priscila.



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