Musa dos anos 90 revela dificuldade em novelas: "Mulher preta madura"

Musa dos anos 1990, Maria Ceiça fez uma participação recente em Travessia. A trama marcou o retorno da atriz à Globo após um grande período fazendo novelas na Record. Em entrevista divulgada nesta quinta-feira (30), ela relatou, aos 57 anos, uma dificuldade em encontrar papéis para uma “mulher preta madura”.

“Estou com muita saudade de voltar para um produto grande, uma novela. As pessoas me perguntam bastante na rua. Parece até que é vontade nossa (risos)”, relatou Maria Ceiça em entrevista ao site da colunista Patricia Kogut, do jornal O Globo.

“Eu estou sentindo uma dificuldade de achar papéis para uma mulher preta madura. Não sei o que está acontecendo com a dramaturgia. Estou querendo trabalhar, claro. Tem tido abertura para o elenco negro na TV, mas tem uma juventude entrando também.”

Maria Ceiça

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A atriz então finalizou: “Estou querendo me encaixar com a minha idade. Mulheres maduras estão ávidas por serem representadas. Eu tenho consciência de ser parte da representatividade da mulher negra. Há muitas histórias para contar”.

Em Travessia, Maria Ceiça interpretou a psicóloga que atua na disputa entre Brisa (Lucy Alves) e Ari (Chay Suede) pela guarda do filho. Ela também está na reta final de gravações da série Veronika, estrelada por Roberta Rodrigues para o Globoplay.

Nos últimos anos, ela fez vários trabalhos na Record, como Prova de Amor (2005), Os Dez Mandamentos (2015) e Conselho Tutelar (2017). Na década de 1990, destacou-se na Globo como a sambista Tuquinha de Felicidade (1991), a romântica Ingrácia de Fera Ferida (1993) e a artista plástica Márcia de Por Amor (1997). Seu último papel fixo na emissora foi em Uga Uga (2000).