“O principal foi ver como a nudez, para os indígenas, não é nada, é algo totalmente natural. Isso me ajudou muito a me sentir à vontade nas cenas de nudez.”
Claudio Heinrich
Publicado em 28/02/2023 às 04:44:00,
atualizado em 28/02/2023 às 09:47:11
Em Uga Uga, Tatuapu era o herdeiro de uma grande fortuna que, ainda bebê, foi salvo de um acidente aéreo por uma tribo indígena. O papel fez com que Claudio Heinrich aparecesse na TV só de tanga – vez ou outra com o bumbum de fora –, o que foi um desafio para o ator na época. Exibida originalmente às 19h entre 2000 e 2001, a novela chegou nesta semana ao Globoplay.
“Apesar de Uga Uga ser 100% comédia, precisei passar por uma preparação para que não ficasse nada caricato”, conta Claudio Heinrich ao NaTelinha. Antes das gravações, o ator passou um mês no Xingu com o diretor Alexandre Avancini. “Aprendi a andar de canoa, a usar arco-e-flecha, a pescar e a luta huka-huka, que é como um jiu-jitsu sem kimono, com as regras dos indígenas”, recorda.
“O principal foi ver como a nudez, para os indígenas, não é nada, é algo totalmente natural. Isso me ajudou muito a me sentir à vontade nas cenas de nudez.”
Claudio Heinrich
A experiência lhe deu confiança para encarar o papel. “Antes de ir ao Xingu, eu ficava: ‘Caramba, será que eu vou conseguir ficar praticamente nu e aparecer no vídeo de uma maneira natural?’. Eu realmente achava que não ia conseguir, mas na viagem vi como isso era tranquilo, fora todo o aprendizado que tive na região.”
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“Quando você passa um período em um ambiente em que todo mundo não está nem aí se você está pelado ou não, você acaba quebrando essa barreira. Depois desse laboratório, o Avancini até falava [nos bastidores]: ‘Cláudio, vai lá botar um roupão, cara’ (risos). Fiquei muito à vontade”, relembra o ator.
Ele frisa que a nudez de Tatuapu era diferente daquela normalmente vista na TV, já que não havia um apelo erótico. E o público reagiu bem: “Eram muitos elogios (risos). Naquela época, eu estava com 28 anos. Mas o que eu mais gostei foi que muitas pessoas conseguiam ver a nudez como parte do personagem.”
“Consegui não deixar nada erótico ali, porque o Tatuapu tinha uma ingenuidade, estava descobrindo a vida na cidade grande. Foi muito importante para mim, como ator, atingir esse resultado.”
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Uga Uga traz a marca do autor Carlos Lombardi, conhecido por colocar os galãs sem camisa e também pela pegada sexual de seu texto. “O Lombardi mostra as coisas como elas realmente são. Em uma novela ambientada no Rio de Janeiro, o normal é todo mundo estar sem camisa mesmo”, defende Claudio Heinrich.
A rotina do protagonista era puxada. Por vezes, a gravação podia começar às 5 da manhã, debaixo de uma cachoeira, em Nova Friburgo (RJ). “Guardo boas lembranças, mas também lembro que eu sentia muito frio (risos)”, admite.
Quando gravava até tarde da noite e devia voltar aos estúdios bem cedo, o jeito era dormir escondido no Projac – o que era proibido. “Só a maquiagem levava uma hora. Era simples, mas para ficar perfeita levava tempo.”
“Foi uma novela muito importante para a minha carreira em todos os sentidos. Até hoje colho os frutos desse trabalho.”
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Atualmente, aos 50 anos, Claudio Heinrich concilia trabalhos como ator e como professor de jiu-jitsu. Ele também toca um canal no YouTube voltado para esportes e outras práticas de seu dia a dia (assista abaixo a um dos vídeos). “Estou com esse projeto, enquanto a próxima novela e o próximo filme não vêm.”
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