Publicado em 14/11/2022 às 05:30:00, atualizado em 14/11/2022 às 09:29:03
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Mateus Carrieri está de volta aos palcos cariocas como o protagonista de "O Vendedor de Sonhos", no teatro Clara Nunes, localizado no shopping da Gávea, zona Sul do Rio de Janeiro, a partir desta segunda-feira (14).
Baseada no best-seller homônimo de Augusto Cury, a peça foi eleita finalista do prêmio Bibi Ferreira de 2022, pelo voto popular. Em cartaz há quatro anos, o ator de 55 anos disse que tão cedo não deve voltar à TV. Recentemente, ele pode ser visto na reprise de Amor com Amor se Paga (1984), pelo canal Viva.
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"Por enquanto, eu estou muito focado no 'Vendedor [de Sonhos]', não tenho projeto nenhum para a televisão. Até porque a agenda 2023 já está quase preenchida. A gente continua o ano que vem com o espetáculo", falou em entrevista exclusiva ao NaTelinha.
"A gente termina a nossa carreira, em 2022, no Rio de Janeiro, e em 2023, já tem uma agenda bem cheia. Então, o foco total para 2023 vai continua com 'O Vendedor de Sonhos'. E se aparecer alguma coisa na TV, vamos ver se a gente consegue conciliar as duas coisas", explica.
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A participação mais recente de Mateus na televisão foi em 2020, quando integrou o elenco de A Fazenda, reality da Record. Na emissora, esteve, ainda, em "Louca Paixão e "Estrela de Fogo", ambas exibidas em 1999.
Na TV Globo, além de "Amor com Amor se Paga", o ator fez também "De Quina Pra Lua" (1985) e "Salomé (1991). Já no SBT, Carrieri integrou o elenco da segunda temporada de "Chiquititas" (1997-2001).
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Intérprete do Júlio César, o ator nascido em São Paulo, e que já morou no Rio algumas vezes por conta do trabalho, se diz ansioso em estar de volta à cidade maravilhosa. "Alegria muito grande!", reage.
"Já tive momentos muito legais no Rio, principalmente com o espetáculo 'Nossa cidade', que fez uma temporada super bonita, no Sesc e, agora, voltando com 'O Vendedor de sonhos', que já fez uma temporada no Rio antes da pandemia e foi ótimo!", recorda.
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"É sempre legal uma produção de São Paulo se apresentar no Rio de Janeiro, que é outro grande centro, um dos poucos que têm produção independente, né? É diferente de você ir para uma cidade onde só tem a dependência de peças de fora, de outras capitais. Infelizmente, no Brasil, essa parte teatral onde mais acontecem as coisas é no eixo Rio-São Paulo", observa.
Ator diz que esse trabalho o faz refletir sobre a vida
Protagonista de "O Vendedor de Sonhos", Mateus Carrieri confessa que o que mais o atrai no Júlio César é o fato de o personagem ser cheio de defeitos e com muitos questionamentos.
"Ele assume esses defeitos durante a sua trajetória, dá uma humanidade muito grande pra ele. Durante a trajetória do espetáculo, ele consegue... é... meio que faz as funções do público, recebe os ensinamentos do Mestre, do Vendedor de Sonhos, e consegue modificar a sua trajetória", avalia.
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"E talvez o espectador consiga fazer essa analogia se o Júlio César conseguiu, talvez, ele, público, consiga também, que possa estar passando por algum problema semelhante. A identificação é imediata", sugere.
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O ator afirma, ainda, que esse trabalho o fez refletir sobre a vida, e acredita que com o público aconteça o mesmo. Mérito, segundo ele, do autor da obra, o escritor Augusto Cury.
"É impressionante como o Augusto [Cury] em seus livros e, agora, adaptado ao teatro, também, com algumas peças, tenha a magia de se conectar com o espectador, falando sobre temas difícieis", ressalta.
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"'O Vendedor de sonhos', por exemplo, fala sobre suicídio, mas de uma forma leve. Às vezes, até bem-humorada, que faz o espectador sair (do teatro), mesmo tendo pensado em temas pesados, às vezes, mas de uma forma esperançosa, e com sentimento de que as coisas sempre podem melhorar, e dependem muito de como a gente encara cada problema", sinaliza.
"E os problemas vão sempre acontecer pra todo mundo. E o que vai diferenciar é a forma que a gente reage a esses problemas. A gente não consegue evitar alguns problemas, não está no nosso controle, o que está no nosso controle é a forma como a gente vai reagir diante desses problemas e seguir em frente", acrescenta o ator.
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Depois de quatro anos em cartaz, Mateus concorda que cada apresentação é única. "É louco, né? No teatro, a gente faz sempre a mesma coisa, e é sempre diferente. É muito interessante isso. Só quem faz teatro consegue entender. A gente faz o mesmo espetáculo, por anos, às vezes, mas é sempre diferente, sempre", garante.
Questionado se destacaria uma apresentação marcante nesses quatro anos de estrada, Carrieri recorda a passagem da produção pela cidade de São Luís, no Maranhão.
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"O Brasil é repleto de teatros maravilhosos, principalmente aqueles mais antigos, mais tradicionais. Agora mesmo, a gente esteve em São Luís, no Maranhão, num teatro lindo, antigo, de mais de 200 anos quase, que é o Teatro Arthur Azevedo, e quando a gente vai para esses espaços mais antigos, muito bem conservados, é sempre uma emoção muito grande", vibra.
Mateus concluiu nossa conversa falando sobre sua expectativa para essa curta temporada na capital fluminense, que contará com apenas 4 apresentações, nos dias 14, 15, 25 e 26 de novembro.
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"Ser bem aceito e bem recebido, fazer sucesso com teatro no Rio de Janeiro, por uma companhia de São Paulo, é muito gratificante, e é o que a gente espera", finaliza o ator.
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