Publicado em 19/10/2022 às 05:59:00
A roteirista Renata Dias Gomes tem um DNA potente. Teve a avó, a consagrada novelista Janete Clair (1925-1983), como referência desde menina. Já de Dias Gomes (1922-1999), que completaria 100 anos nesta quarta-feira, 19 de outubro, guarda no nome e na memória as influências de um dos maiores dramaturgos do país – que também é definido por ela como “o melhor avô do mundo”.
Na televisão, Renata Dias Gomes foi colaboradora de diversas novelas: Alta Estação (2006) e Chamas da Vida (2008), na Record; Uma Rosa com Amor (2010) e Amor e Revolução (2011), no SBT; e Império (2014) e Malhação: Vidas Brasileiras (2018), na Globo. Atualmente, toca projetos no cinema, como um filme que será feito por Cleo.
No centenário do avô, Renata exalta o legado do escritor, responsável por grandes sucessos da TV, como O Bem-Amado (1973), Saramandaia (1976) e Roque Santeiro (1985). Ela também lembra de Dias Gomes longe da figura do dramaturgo, e fala também da idealização da avó, que morreu em novembro de 1983, dois meses antes de a neta nascer.
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“Meu avô é de uma geração que tinha como meta fazer uma dramaturgia política e popular. Ele foi muito feliz de conseguir as duas coisas, e acho que isso faz da obra dele tão importante pra nossa dramaturgia. Conseguiu entender e levar para o palco e para a tela o Brasil e o brasileiro.”
“Era o melhor avô do mundo! Ele era um cara muito família, que gostava de reunir filhos e netos. Adorava jantar com ele aos domingos na churrascaria , passar o natal com a família completa e visitá-lo no escritório. Tenho muita saudade das ligações. Ele ligava todos os dias. Até hoje, acho que o telefone vai tocar e ele vai dizer: ‘Tatata, é o vovô’.”
“Como sempre quis ser escritora, eventualmente meu pai mandava para ele algum texto meu escondido, e ele comentava quando telefonava. Eu ficava morta de vergonha, mas muito feliz. Adorava também ir às estreias das peças e lançamentos de livros. Gostava de puxar assunto sobre várias coisas e tínhamos a paixão pelo futebol em comum. Era uma relação de avô e neta apesar de eu saber que tinha um avô que era referência na profissão que eu queria ter.”
“Meu avô é ou deveria ser uma das maiores referências para todo mundo que quer fazer dramaturgia no Brasil. Para mim, não é diferente. Quando a coisa aperta, quando, por algum motivo está difícil para entregar um trabalho, eu lembro da coragem dele de escrever obras políticas em um período muito difícil da história do Brasil.”
“É difícil responder isso porque ainda não sei. Ainda não tenho uma obra autoral para poder analisar. Acredito que só quando tiver muitos trabalhos autorais produzidos vou conseguir olhar o que peguei de cada um. Mas os dois são minhas maiores referências como autores e artistas. Sempre lembro da ousadia de ambos, da capacidade de falar com o grande público e me inspiro nisso.”
“São influências diferentes porque com a minha avó tenho uma relação idealizada. Não a conheci, mas cresci ouvindo que ela me esperou nascer para morrer. Conheci minha avó através da obra dela e das pessoas que a conheceram. Criei para mim uma imagem da minha avó e é nessa imagem que me inspiro e que me influencia. Já do meu avô tenho uma influência na vida, da nossa convivência. Conheci a obra da minha avó antes de ler a obra do meu avô. Mas certamente a influência de ambos está presente em toda minha vida.”
“Acabei de entregar o roteiro de um longa que vai ser feito pela Cleo. O argumento não é meu, desenvolvi o roteiro em parceria com outros colegas. E estou investindo em projetos autorais.”
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