Publicado em 09/11/2021 às 06:01:43
Um dos detalhes mais tristes envolvendo a partida precoce de Marília Mendonça (1995-2021) é o fato de ela ter deixado órfão Léo, seu filho de 1 ano e 10 meses com Murilo Huff. Nessas situações, não existe fórmula de como agir, nem manual de instruções, mas a psicóloga Renata de Azevedo explica como a família de uma criança que perde a mãe tão cedo pode ajudar a manter viva a conexão entre os dois. "É importante que não finjam que isso não aconteceu. Contar historias da mãe para ele, mostrar fotos, vídeos deles juntos. Isso tudo vai ser importante", aponta a profissional em entrevista ao NaTelinha.
Renata começa esclarecendo que a formação da estrutura psicológica de um indivíduo é feita até os oito anos de idade. "Tudo o que acontece até essa época, desde o útero, até em torno dessa fase, fica mais marcado na gente, justamente porque está na nossa fase de formação. Formação da nossa personalidade e formação cerebral, inclusive", ensina.
A psicóloga diz que, por mais que uma criança da idade de Léo não tenha lembranças do que aconteceu por ser muito pequeno, isso vai impactar na sua vida, mesmo que ele não tenha consciência. "É comum achar que não impactou porque não lembra, mas adultos e crianças têm formas diferentes de lidar com situações assim. O adulto sabe o que aconteceu, tem mais momentos juntos, mais lembranças. A criança não, mas nem por isso deixa de sofrer", pontua.
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Renata avisa ainda que é importante que a morte da mãe não se torne um assunto proibido em casa para que a criança consiga assimilar o que aconteceu e evitar que se sinta abandonada. "O adulto racionaliza, sabe que foi um acidente, que ela não queria ir embora e que não foi uma escolha. Para o filho, isso pode ser visto como um abandono, como uma rejeição. Ela pode crescer com essa sensação, mesmo que racionalmente isso não faça nenhum sentido, porque não faz. Mas os pequenos fantasiam muito, entendem do jeito deles", continua a profissional.
Renata de Azevedo explica que, conforme Léo for crescendo, a família de Marília Mendonça precisa tratar do assunto com clareza, por mais que seja difícil. "Falar da falta que está fazendo, da saudade. Inclusive falar de sentimentos ruins, porque a raiva também faz parte do luto. Quando você fala sobre algo, você elabora. Quando não, você coloca aquilo para debaixo do tapete e a coisa não some, só vira um sintoma", alerta, dizendo que a criança precisa colocar o que está sentindo e pensando para fora.
A especialista finaliza ressaltando a importância do suporte familiar. "É fundamental dar esse apoio para a criança, dar amor, ter paciência de explicar o que aconteceu de forma bem lúdica, aos pouquinhos. Provavelmente não será uma coisa rápida de assimilar, pela idade dele, mas vai ser imprescindível que isso seja falado de maneira carinhosa. Terapia também será muito importante nessa processo", encerra Renata.
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