Publicado em 27/10/2021 às 15:56:00
O marido de Gilberto Braga, Edgar Moura Brasil, usou os stories do seu perfil do Instagram nesta quarta-feira (27) para se manifestar pela primeira vez após a morte do novelista. O decorador se casou com o autor em 2014, mas eles viveram juntos durante 48 anos.
“Suas obras estarão sempre vivas na nossa memória", diz a mensagem que ele compartilhou. Giba, como era chamado carinhosamente por familiares e amigos, foi velado hoje no Rio de Janeiro. A cerimônia foi restrita à família e o enterro está previsto para ocorrer a partir das 16h.
Em 2014, Gilberto e Edgar completaram 41 anos junto se decidiram oficializar o relacionamento. Eles fizeram uma cerimônia cercado de artistas, inclusive a atriz Deborah Evelyn foi uma das madrinhas.
O autor morreu aos 75 anos. O novelista lutava contra o Mal Alzheimer e estava internado no Hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo o colunista Ancelmo Góis, do jornal O Globo, Braga teve uma infecção sistêmica, ocorrida por causa de uma perfuração de esófago, e não resistiu às complicações.
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Gilberto deixa um legado de mais de 20 produções na televisão brasileira. Referência na teledramaturgia, marcou seu nome nas novelas por seu estilo único. Reconhecido por abordar a sociedade carioca como ninguém em suas obras mais famosas, Gilberto começou escrevendo para a TV como roterista do Caso Especial, entre 1972 e 1974.
Seu texto peculiar chamou atenção dos dirigentes da Globo que o escalaram para escrever Corrida do Ouro (1974), em parceria com Lauro Cesar Muniz. Sua primeira novela solo ocorreu no ano seguinte, quando estreou Senhora (1975), clássico de José de Alencar adaptado para a TV pelas mãos do novelista.
Alcançou seu primeiro grande sucesso com Escrava Isaura, primeira novela a alcançar número impressionante de exportação para o exterior. Em 1978, Dancin Days marcava a primeira experiência do escritor no horário das 8, faixa em que ele seguiu durante vários anos, com tramas que chamaram atenção do público e da crítica, como Água Viva (1980) e Corpo a Corpo (1984).
Mas foi em 1988 que Gilberto escreveu uma das novelas mais lembradas da história da teledramaturgia: Vale Tudo. Trama que trouxe personagens memoráveis como Odete Roitman (Beatriz Segal) e Maria de Fátima (Gloria Pires). Nos anos 90, assinou folhetins controversos, como O Dono do Mundo (1991) e Pátria Minha (1994), porém, nessa época, foi aclamado pela crítica por Força de um Desejo (1999), esmerada produção das 18h.
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