Publicado em 26/11/2020 às 09:43:44
O velório de Diego Armando Maradona (1960-2020), que faleceu ontem (25), começou com tumulto na Casa Rosada, sede do governo Argentino em Buenos Aires. A autópsia preliminar do craque apontou morte por insuficiência cardíaca aguda.
O jornal Olé desta quinta-feira (26) relatou que houve confusão no início da abertura dos portões e até entre os fãs de Maradona e policiais, que chegaram a se esconder na Casa Rosada. Uma pessoa teria ficado ferida.
Além disso, há excesso de gente em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), causando aglomeração, desrespeitando as recomendações da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre o distanciamento social e utilização de máscaras.
O caixão de Maradona está fechado e coberto por uma bandeira da Argentina e duas camisas: da própria seleção argentina e do Boca Juniors, clube onde era ídolo. O craque batia ponto no estádio La Bombonera para ver o clube de coração.
A previsão, segundo o Olé, é que mais de um milhão de pessoas vá até o local se despedir de Maradona, que pode ser feito até às 16h. O presidente Alberto Fernández decretou luto oficial de três dias.
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No início do mês, Maradona chegou a preocupar os fãs quando foi internado às pressas com sintomas de anemia. Os médicos descobriram uma pequena hemorragia no cérebro e o ex-jogador passou por uma cirurgia para drená-la. Depois de quase 10 dias de internação, recebeu alta em 12 de novembro e estava em casa, no bairro de San Andrés, em Buenos Aires, quando começou a passar mal e sofrer uma parada cardiorrespiratória.
O jornal Clarín, primeiro a noticiar a morte, lamentou em artigo publicado por Mariano Verrina: "O inevitável aconteceu. É um tapa emocional e nacional. Um golpe que reverbera em todas as latitudes. Um impacto mundial". Famosos também lamentaram a morte do craque.
Revelado pelo Argentinos Juniors, Maradona foi campeão mundial com a Argentina na Copa de 1986 e ficou eternizado pelos gols que marcou pela seleção, incluindo um de mão, que foi apelidado de "a mão de Deus".
O argentino era tido como um dos maiores jogadores da história do futebol mundial ao lado de Pelé. Ele começou sua carreira no Argentinos Juniors em 1976 e teve 21 anos de carreira como jogador de futebol, com passagens importantes por Boca Juniors, Barcelona, Napoli e Sevilla.
Além do futebol, Maradona acabou chamando atenção também pelo lado negativo ao longo da carreira, com escândalos de doping e abuso de drogas. Em 1991, no Napoli, foi suspenso do futebol após ser pego no exame pelo uso de cocaína. Na Copa do Mundo de 94, vencida pelo Brasil, o atacante foi flagrado com efedrina.
Em sua autobiografia, Maradona revelou que começou a usar drogas no início dos anos 80, após sua chegada no Barcelona.
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