Publicado em 20/10/2020 às 19:10:01
Silvio Santos tentou, mas não conseguiu ser presidente da República. Três décadas após a candidatura relâmpago, impugnada pela Justiça Eleitoral, o dono do SBT chora ao relembrar o período em que, por pouco, não foi eleito para comandar o governo brasileiro.
O choro de Silvio está registrado no livro "Sonho sequestrado: Silvio Santos e a campanha presidencial de 1989", recém-lançado pela Matrix Editora, de autoria do deputado federal Marcondes Gadelha, candidato a vice-presidente na chapa do dono do SBT.
Um ano antes, Silvio havia recebido convites para disputar a Prefeitura de São Paulo, porém recuou a pedido da família. Na primeira eleição direta para presidente depois da ditadura militar (1964-1985), o apresentador topou.
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Inicialmente convidado pelo PFL (atual Democratas), Silvio entrou às pressas na disputa eleitoral pelo nanico PMB (Partido Municipalista Brasileiro). O dono do SBT usou imagens suas desfilando em carro aberto na Parada de dia das Crianças, em São Paulo, e adaptou o jingle "Silvio Santos Vem Aí" para turbinar a campanha.
Na época, Silvio tentou ensinar ao público como votar, já que o nome dele não apareceria na cédula de papel (não havia urna eletrônica), e sim o de "Corrêa": Armando Corrêa, presidente do PMB, que aceitou ceder o lugar ao apresentador.
O "sonho sequestrado", como diz o livro, durou algumas semanas. A campanha de Fernando Collor de Mello, principal adversário de Silvio, escalou Eduardo Cunha (atualmente preso no âmbito da Operação Lava Jato) para denunciar irregularidades da sigla nanica junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que impugnou a candidatura.
Em carta a seu ex-vice, publicada no livro e escrita em 31 de julho, durante a pandemia de coronavírus, Silvio Santos se emociona ao relembrar a corrida eleitoral de 1989 e diz que estava preparado para ocupar o principal cargo da política brasileira.
"Considero que estava qualificado para exercer a Presidência da República e tenho certeza de que a equipe que eu escolheria, no mínimo, melhoraria as condições das pessoas mais necessitadas deste país", escreve Silvio a Marcondes Gadelha.
O apresentador ressalta que governaria para os mais pobres, como os que vivem "debaixo de pontes, em casebres de papelão ou de madeira, onde, muitas vezes, só têm um prato de feijão para comer", e priorizaria a habitação e a saúde.
"Você, com seu talento de escritor e generosidade de amigo, me deixou por diversos momentos com lágrimas de saudade e emoção ao trazer de volta aqueles compromissos", confidencia ao deputado federal.
Por fim, o dono do SBT reflete sobre o futuro de sua vida pessoal e de sua carreira profissional se tivesse ocupado a cadeira máxima do Executivo.
"Hoje, com 90 anos, me pergunto se teria sido bom para mim, para a minha família, para a minha televisão e para as pessoas que gostam de mim ter colocado a faixa verde e amarela que estampa a capa deste excelente livro. Sei, porém, que teria sido bom para a causa. E isso me basta. O desafio, então, estava aceito em qualquer circunstância", conclui.
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