Trauma

Cássia Kis conta que sofreu três assédios sexuais: "Assustador"

Atriz também fez uma reflexão sobre a pandemia

Cássia Kis falou sobre abuso - Foto: Reprodução
Por Redação NT

Publicado em 29/09/2020 às 12:49:00

Cássia Kis contou mais uma vez que foi assediada sexualmente na infância por um dentista e duas vezes na fase adulta. A atriz está se preparando para estrear Desalma, no Globoplay, e fez uma reflexão sobre o período de isolamento social. Na visão dela, muitas pessoas não vão aprender nada com a pandemia.

“Sofri assédio sexual quando tinha 11 anos. Venho de uma família muito pobre, em que não se ia ao médico, quiçá dentista. Mas minha mãe me levou ao dentista porque perdi um dente por cárie. Entrei sozinha no consultório e me lembro desse homem esfregar o pênis no meu braço. É assustador. Fiquei anos sem ir ao dentista, nem sabia que tinha um trauma”, revelou a artista em entrevista para a revista Marie Claire.

“E isso se repetiu na vida adulta mais duas vezes, uma delas nesta década, de outro jeito. E não consegui reagir. Vivi três episódios de assédio sexual com dentista. E sofri abuso psicológico, que é horrível. Viver um relacionamento no qual a pessoa vai minando sua moral, destruindo sua personalidade”, acrescentou.

“Você perde referências de valores, não acredita mais em você, é quase levada à morte. O outro te mata sem usar arma. Demora para se recuperar, para você se amar. Se não fosse minha profissão, provavelmente não estivesse viva”, completou a atriz.

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Cássia Kis e a pandemia

Cássia Kis ficou isolada em sua residência na Barra da Tijuca e buscou ter mais tranquilidade durante o período de quarentena. Entretanto, A artista admitiu que muitas pessoas não vão aprender com o período de dificuldade.

“Muitos não vão aprender nada. A quantidade de pessoas que faz coisas sem uma gota de consciência, sem pensar no todo, é assustadora. Temos uma oportunidade para melhorar, mas não é para todos. Sabemos que o Brasil precisa de educação de qualidade. Mas o que a gente faz? Como nos movemos? Moro numa casa de 900 m2 na Barra da Tijuca, pego meu Land Rover, ligo o ar-condicionado, boto meu filho de 16 numa escola de classe média alta e no caminho vejo crianças pedindo dinheiro. Seguimos de olhos fechados”, completou.

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