Publicado em 10/11/2019 às 20:30:00
Nicolas Prattes tem um quê de Alfredo, seu personagem em Éramos Seis. O ator revelou que sofre de hiperatividade e que já foi até expulso do colégio quando era criança e que a atuação mudou sua vida.
A revelação aconteceu em entrevista ao jornal Meia Hora que foi publicada neste domingo (10) e um dos protagonistas da novela das seis fez questão de dizer que somente se parece com seu personagem na agitação.
“Eu sou bem hiperativo, assim como Alfredo. Já fui expulso de colégio. Estudei em seis escolas diferentes, porque não conseguia me adaptar. E quando a hiperatividade me pegou, minha mãe perguntou se eu queria entrar no teatro. Comecei a fazer, me apaixonei”, contou ele.
Nicolas lembrou ainda que chegou a passar num teste para fazer um dos personagens icônicos do público infantil neste século, o Pedrinho do Sítio do Pica Pau Amarelo, mas explicou as razões de não ter interpretado o personagem que acabou nas mãos de César Cardadeiro.
“Eu passei no teste para ser o Pedrinho do 'Sitio do Pica Pau Amarelo', mas recusei, preferi ir pra Disney ver o Mickey (risos), e minha mãe super me apoiou. Nunca teve essa pressão”, confidenciou.
Sem grandes problemas em falar sobre o início da carreira, ele lembrou ainda que teve pouco tempo para compor seu personagem em O Tempo Não Para e confessa que teve muitos erros. “Na verdade, eu estava escalado para 'Verão 90'. E, do nada, fui remanejado para 'O Tempo Não Para'. Tive 13 dias pra construir o personagem. Costumo dizer que meu personagem foi quase construído ao vivo! No começo, eu errei muito, muito mesmo, e falo isso com tranquilidade. Mas, com certeza, foi uma experiência que virou um divisor de águas”, explicou.
No capítulo do último sábado de Éramos Seis, Alfredo teve uma grande briga com o pai Júlio (Antônio Calloni) e o filho acabou o empurrando numa cena considerada forte por parte do público.
Questionado sobre o personagem, Nicolas cravou que não há chance dele se tornar um mocinho. “Mocinho, esquece (risos)! Realmente, ele não é o mocinho. Se tiver algum mocinho na história é o Carlos (Danilo Mesquita), e o Alfredo é exatamente o antagonista disso. Ele é o anjo torto. Eu amo contradições, e nada mais contraditório que o Alfredo. É um personagem diferente de todos o que eu já fiz. Ele se sente incompreendido o tempo inteiro. E essa incompreensão gera nele quase um sentimento de autodestruição”, finalizou.
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