Publicado em 16/12/2024 às 06:00:00,
atualizado em 16/12/2024 às 10:48:02
Preparem-se para a 5ª edição do Troféu Cerejinha, destacando os piores do ano em todas as telas de 2024. O ano voou e começou com a macetada de Ivete Sangalo no Carnaval e a promessa de apocalipse de Baby do Brasil. Talvez ela não tenha previsto o fim do mundo, mas a avalanche de programas ruins que invadiram a TV nos últimos 12 meses, afastando o telespectador da TV aberta e fazendo todo mundo correr para o celular e a Netflix atrás de conteúdo decente e popular.
2024 foi tão morno na televisão que a imagem que melhor resume o ano é a cadeirada de Datena em Pablo Marçal durante debate na TV Cultura.
O Troféu Cerejinha elegeu os 10 piores que não fizeram história na TV e transformaram a plataforma em algo tão genuíno quanto uma selfie com filtro do Instagram. Na relação estão Carlinhos Maia, Marcos Mion, João Silva, a nova programação do SBT, mico do anúncio da Fórmula 1 na Globo, entre outros.
Todo mundo esperou que a chegada de Mania de Você na faixa das nove seria um mega sucesso, uma nova Avenida Brasil, por ser do mesmo autor: João Emanuel Carneiro. Mas a novela, que tem uma abertura que sempre confundo com os comerciais da Natura, virou uma trama tão sem sentido que ninguém entende quem quer pegar quem, ou se tudo se trata de um grande fetiche coletivo entre Rudá, Mavi, Luma e Viola.
A Globo mexeu, remexeu e virou do avesso a trama para tentar alavancar a audiência, mas os números não decolam. Com tantas mudanças que transformaram a história em uma verdadeira colcha de retalhos, Mania de Você leva para casa o troféu Frankenstein.
Ninguém entende a proposta do Programa do João na Band. Ele quer ser um novo Vídeo Show ou a versão TikTok do Amaury Júnior? A audiência também está confusa e alterna entre o traço absoluto num domingo e no outro também. Se João Silva está usando o programa como vestibular para se preparar para o futuro, é melhor considerar mudar de curso.
Por sua audiência em 2024, o Programa do João ganha o troféu Gasparzinho. Parabéns!
Carlinhos Maia tem uma conversa tão cativante quanto o humor do Tô Nessa da Regina Casé. Suas piadas são tão brilhantes quanto as da Alexa e descartáveis quanto uma embalagem de refrigerante one way. Sua performance como Grinch foi tão vergonhosa que eu fiz uma promessa para São Cigano Igor para esquecê-la.
Quando ele aparece na TV, a função "mute" ou “trocar de canal” vira sua melhor amiga. E, claro, ele merece o Troféu One Way! Afinal, alguém que fala tanto e não diz nada merece uma honraria especial. E vamos ser sinceros, ainda bem que ele está na internet, porque se o humor de Carlinhos fosse um livro, ele seria daqueles que a gente compra por impulso e acaba usando como apoio para mesa torta.
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Marcos Mion saiu da Record e foi para a Globo, mas parece que, no fundo, queria mesmo era ir para a TV Aparecida. Todo sábado é uma ladainha de discurso de padre ou um provérbio tirado do livreto Minutos de Sabedoria. E, como se isso não bastasse, toda semana tem aquele chororô, mas reparei que ele pode estar com algum problema nos olhos que impede de sair às lágrimas.
Então, em tom de homenagem e um alerta para ele se cuidar, Marcos Mion ganhou o Troféu Colírio Moura.
Regina Casé parece viver em um metaverso próprio desde o filme Que Horas Ela Volta? (2015). Passou por Amor de Mãe (2021) e agora está no Tô Nessa, que vai ao ar depois do "Fantástico". Parece sempre o mesmo personagem, ou será que todos os personagens são a própria Regina Casé? Eis a questão. Chamar esse programa de humor é uma ofensa à história dos humorísticos na TV. Outro dia, achei que estava assistindo a um drama.
Para dar uma mãozinha a Regina Casé, ela ganha o Troféu São Longuinho. Assim, quem sabe ela encontra o humor perdido em algum canto da Globo. Só não se esqueça dos três pulinhos quando achar, hein, Regina!
Parece que a Globo está apostando num novo método para suas transmissões: anuncia primeiro e assina contrato depois. Resultado? A TV A Crítica dançou com os bois de Parintins e a Band está acelerando com a Fórmula 1 do ano que vem, enquanto a Globo fica de mãos abanando.
Se continuar assim, a próxima aposta da Globo vai ser ganhar no bingo sem nem preencher a cartela. Por isso, a Globo fica com o Troféu Promessas não cumpridas
+ Garota do Momento: história de Beatriz e Clarisse é idiota e fora da realidade
A nova programação do SBT anunciada em 2024 foi como prometer água no deserto, mas a realidade foi todo mundo morrer de sede. O pessoal da emissora apostou em Chega Mais, É Tudo Nosso e Circu do Tirú como quem escolhe números na loteria. Mas, pelo visto, o prêmio foi uma raspadinha de “tente novamente”. Não foi por falta de aviso.
Nem com oração ou ajuda de coach deu certo. Foi melhor ter chamado o Chaves! Senhoras e senhores, a nova programação do SBT ganha a categoria À espera de um milagre.
Não era BBB, mas parecia. Não era Fama, mas parecia. Tinha um pouco do The Voice, mas não era. Assim chegou o Estrela da Casa no inverno na tela da Globo, e ninguém entendeu como a busca de uma talento musical dentro de um reality de confinamento podia ter disputa de games. Misturaram tudo, e no fim das contas, o público ficou sem saber se votava na melhor voz ou no melhor jogador. Diante disso, Estrela da Casa ganha a categoria Parece, mas não é.
+ Globo, Record e SBT terão mudanças radicais na guerra pela audiência em 2025
Para atrair os seguidores das redes sociais para a tela do Carnaval Globeleza, a Globo decidiu apostar em influenciadores na cobertura dos desfiles das escolas de samba. Um dos escolhidos foi Vitor diCastro, que só sabia ficar na arquibancada mostrando o povo com marmitas e fazendo perguntas que tinham respostas óbvias.
A coisa estava tão forçada e sem graça que até a Siri e a Alexa, juntas, conseguiriam fazer um stand-up mais divertido. Foi uma das piores coisas que já se viu no Carnaval – quase um bloco: “Unidos da Vergonha Alheia”. Diante isso, o Carnaval da Globo 2024 ganha a categoria Saudades da Manchete.
A Record pegou o liquidificador, jogou Cidade Alerta, Geraldo Show e Domingo Espetacular lá dentro, bateu tudo e serviu ao telespectador o Domingo Record com Rachel Sheherazade. O resultado? Um programa que flopou mais que dieta em festa de aniversário e virou freguês fiel do Domingo Legal.
No programa, Rachel Sheherazade não conseguiu se livrar das amarras do jornalismo e parecia um peixe fora d'água no entretenimento. Foi como se ela estivesse tentando dançar funk vestindo um terno e gravata. Domingo Record ganha a categoria Vamos tentar de novo.
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