Publicado em 30/07/2024 às 14:21:10,
atualizado em 30/07/2024 às 16:05:11
O SBT estreou a novela A Caverna Encantada, sua principal aposta para o segundo semestre do ano, na última segunda-feira (29). No primeiro capítulo, foi possível perceber que o folhetim é uma mistura de elementos de tudo o que deu certo em outras produções do canal: Carrossel (2012), Chiquititas (2015) e Carinha de Anjo (2018). A própria autora, Íris Abravanel, falou abertamente sobre essas inspirações na coletiva de imprensa. Talvez por isso, a trama possa crescer em audiência nas próximas semanas.
A tentativa de fazer de A Caverna Encantada um remake de outras já exibidas pode atrair um público perdido com A Infância de Romeu e Julieta. A adptação do SBT da história de William Shakespeare teve um início muito lento, com pouco conflito e sem um núcleo para fisgar o público adulto que assistia ao lado dos filhos. Correções que foram feitas com a novela no ar.
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Agora, parece que a emissora aprendeu e tudo o que ficou devendo em Romeu e Julieta foi acertado no primeiro capítulo do novo folhetim. Soube vender a história ao telespectador. Além disso, A Caverna Encantada mostra uma produção mais cuidadosa do SBT. A abertura impressionou.
De tudo, o que mais me chamou a atenção foi a segurança e a naturalidade do elenco infantil. Estavam bem dirigidos e conseguiram convencer em seus personagens. Para minha surpresa, melhores que o elenco de skate de Família é Tudo na Globo. Na produção do SBT, destaco o nomes de Mel Summers e Wallentina Bomfim. Alias, Summers estreou na TV justamente na novela das sete da concorrente; ela foi Vênus na infância.
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Para o telespectador mais adulto em busca de novidades na TV, A Caverna Encantada não é algo que ele vai assistir. A novela é mais do mesmo, mas tem potencial para atrair uma fatia do público infantil que, cada vez mais, vem fugindo da TV aberta e adotando as plataformas de streaming como principal meio para se entreter.
Por outro lado, produzir A Caverna Encantada também demonstra a coragem ou teimosia do SBT ao colocar no ar um produto que requer tantos investimentos, mas com inúmeras restrições comerciais impostas pelo CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária).
Regras que tornam a disputa entre a TV aberta e os meios digitais pelo público infantojuvenil desigual. O remédio do CONAR foi mais forte que a doença e, por enquanto, essas produções ainda sobrevivem na emissora fundada por Silvio Santos.
O grande desafio da novela, como todas as outras do SBT, que se caracterizam por serem longas, é manter o ritmo da história sem cair na monotonia. Na Globo, essa estratégia não tem agradado em Renascer.
Confira o vídeo de abertura de A Caverna Encantada:
Faça um tour pela cidade cenográfica de A Caverna Encantada:
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