Publicado em 22/02/2023 às 10:05:50, atualizado em 22/02/2023 às 13:00:39
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Globo, Band e SBT abriram sua programação para transmitir os desfiles das escolas de samba e o Carnaval de rua, desde a última sexta-feira (17). Globeleza, Glô na Rua, Band Folia e SBT Folia foram os programas que as três emissoras apostaram para captar a audiência dos foliões, mas alguns deles tropeçaram na missão.
O SBT abriu sua grade nos fins de noite do Carnaval para exibir o SBT Folia com Michelle Barros, ex-âncora da Globo, no comando. Em novo formato, numa espécie de telejornal com o resumo do dia, a direção da emissora entregou um programa arrastado, sem criatividade, forçado e se tornou a pior opção na TV para acompanhar o Carnaval 2023.
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No SBT Folia, a excelente Michelle Barros virou um Ayrton Senna pilotando um Fusca. O programa foi gravado em São Paulo e MIchelle só fazia as cabeças das matérias. Com isso, o programa não tinha interação com os repórteres e, muitas vezes, soava falso e frio para o telespectador.
Em diversos momentos, ao chamar um VT, as cabeças gravadas por Michelle Barros fugiam do tom do encerramento da reportagem anterior. Não tinha liga. Esse problema ocorria não por culpa da apresentadora, mas da direção que inventou o formato. O telespectador ficava assistindo aquele show dos cortes bruscos.
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Sandro Nascimento
Quem teve a ideia no SBT de fazer um programa gravado sobre Carnaval de rua no Carnaval? Se a proposta foi fazer um produto mais enxuto para ampliar a margem de faturamento, que utilize melhor a criatividade, aposte numa direção mais firme e bons produtores.
O ponto positivo do SBT Folia foi toda sua embalagem visual e os VTs de Juliana Oliveira, humorista do The Noite, que saiam da caixinha e conseguiram distrair o telespectador.
Trocando de canal, na Globo, um outro alguém teve a brilhante ideia de achar que apenas exibindo um monte de gente pulando na rua teria o poder de distrair a audiência no Carnaval. O Glô na Rua se mostrou chato e repetitivo. Repórteres sempre com as mesmas perguntas e jargões: “Está curtindo o bloco?”, foi a mais usada na temporada 2023.
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Porém, a Globo merece elogios em tentar trazer algo novo no Carnaval da TV. Em 2024, se quiser insistir no Glô na Rua, vai precisar mexer no formato. Aliás, por favor, reduzam a poluição visual do cenário.
Sandro Nascimento
Ainda na emissora, os desfiles das escolas de samba vêm perdendo fôlego e já não são capazes de afastar a maioria dos telespectadores da cama. Ponto baixo da transmissão foi o discurso de Rodrigo Bocardi, em São Paulo, no melhor estilo pastor de igreja. Só faltou pedir para colocar o copo em cima da TV.
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Outro detalhe foi a qualidade técnica das transmissões das escolas de samba do Rio e São Paulo que caiu. Parecia que o responsável pela mesa de cortes das imagens não ouvia os apresentadores. Os jornalistas destacavam algo das escolas que não se exibia.
Continuando a maratona do Carnaval na TV, na Band, mesmo com todas as suas restrições, foi uma grata surpresa. O Band Folia foi ao vivo, focou no conteúdo de entretenimento e mostrou ser a melhor companhia para quem optou fugir das ruas e ficar de olho na TV. A parada dos trios elétricos em frente ao estúdio da emissora, em Salvador, possibilitando a interação dos apresentadores com os cantores foi um grande acerto. Valeu a pena.
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