Publicado em 11/08/2015 às 14:39:47
O “Jogo Aberto”, apresentado por Renata Fan na Band, transita numa linha tênue em que o classificar como bom ou ruim depende principalmente de como ele é enxergado. Como jornalístico esportivo, pouco informa. Como humorístico leve, poucos proporcionam tantas risadas intencionais nos últimos tempos.
É o mesmo “mal” do “Cidade Alerta”, que há tempos deixou de ser visto como uma referência de mundo-cão e virou um entretenimento quase “família”. O problema de ambos é a dificuldade em assumirem suas reais novas missões.
No caso do “Jogo Aberto”, ele é somente o mais notório representante de uma epidemia que vem se alastrando na cobertura do mundo esportivo, especialmente nos canais fechados, em que a piada virou prioridade sobre a notícia. Sinal dos tempos.
O humor é essencial para o esporte e pode muito bem ser inserido para amenizar os dramas ou ampliar as alegrias. O problema é quando se sobrepõe ao que realmente interessa. A sobremesa, por melhor que seja, não substitui o prato principal.
Afinal, quando foi a última grande reportagem premiada da atração? Alguma exclusiva? Ou mesmo um furo? Difícil lembrar. Mas com os momentos engraçados dá para se montar uma lista em instantes. Um fator anula o outro. E essa falta de complementaridade mina o que poderia ser uma excelente mistura.
No NaTelinha, o colunista Lucas Félix mostra um panorama desse surpreendente território que é a TV brasileira.
Ele também edita o http://territoriodeideias.blogspot.com.br e está no Twitter (@lucasfelix) Vilã não morreu Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel Estreou na TV aos 7 Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web Em baixa Análise Opinião Coluna Especial Exclusivo Exclusivo Opinião Opinião Exclusivo Briga boa Opinião Opinião Coluna do Sandro Opinião Aos fatos Coluna do Sandro Opinião Opinião Exclusivo Opinião
O esquema da Globo nas Copas do Mundo é uma representação quase que ideal dessa divisão. Obviamente, sejam guardadas as proporções do Mundial para o cotidiano de nossos clubes. No evento, os telejornais fazem a cobertura grandiosa e completa enquanto a “Central da Copa” fica liberada para assumir a descontração e não se levar tão a sério.
Paralelo similar pode ser estabelecido entre a rápida cobertura dos gols no “Fantástico” e o aprofundamento a depender da região no “Globo Esporte” do dia seguinte.
No caso da Band, o “Jogo Aberto”, agora unificado em São Paulo após a crise vitimar a excelente edição carioca, é a atração de maior peso do setor. Merecia um tratamento melhor do seu conteúdo em todos os aspectos.
É inegavelmente divertido o “circo” armado com a apresentadora Renata Fan a cada tropeço do Internacional. Quando é uma goleada de 5 a 0 do maior rival então... Nessa hora até o tigre (mexicano, claro) vira convidado de honra do quase zoológico. Nenhum problema, não fossem esse e outros momentos similares os únicos pontos de destaque.