Publicado em 22/07/2014 às 17:44:25
Após “Fina Estampa” (2011), Aguinaldo Silva voltar ao ar três anos depois com mais uma produção na Globo. “Império”, que é a nova esperança da emissora na faixa das 21h.
Cora (Marjorie Estiano/Drica Moraes) tem tudo para virar meme comparado ao Félix (Mateus Solano) de “Amor à Vida” (que ainda é lembrado). Aguinaldo só não pode cometer o mesmo erro de Walcyr Carrasco e transformá-la numa caricatura que acabou tendo sua personalidade virada do avesso de forma melancólica para os amantes de bons vilões.
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A nova novela vem com elementos de um bom folhetim e a audiência do primeiro capítulo é fruto do que restou de “Em Família”. Legado que Manoel Carlos deixou. Um resto do Ibope, que pode complicar "Império" no início, mas provavelmente não vai passar vergonha e muitos menos atingir recordes negativos de maneiras sucessivas.
São 32 pontos de média no primeiro capítulo, 1 a menos que a estreia de “Em Família”. Um número “ilusório” e não quer dizer que isso vá continuar se repetindo daqui quatro ou cinco semanas, quando já estiver estabilizada e parar de juntar os cacos que “Em Família” deixou.
“Império” começou com boas tomadas aéreas e transportando o telespectador para a década de 1980, onde tudo começou, depois de uma rápida passagem do protagonista José Alfredo (Alexandre Nero) nos tempos atuais. Poucos personagens foram apresentados, apenas os principais, para que o público não se perdesse em meio a tanta gente e o foco se voltou para onde a história vai caminhar e se desenrolar: no enriquecimento do protagonista José Alfredo (Chay Suede) e no amor proibido que sentia por sua cunhada Eliane (Vanessa Giácomo).
Falando em Cora, muita gente deve ter estranhado o fato dela ser tão contra o relacionamento de José Alfredo e Eliane. Toda a articulação que ela fez para que sua irmã não fugisse com o amante é suspeito e não foi por acaso. Aguinaldo Silva não dá ponto sem nó e logo devem surgir as explicações.
A mudança de direção nas tramas do autor caiu bem. Depois de Wolf Maia ter dirigido suas últimas produções, agora é a vez de Rogério Gomes assumir a função. É outra pegada, um tanto quanto mais realista onde se aproveita mais o texto do autor e o que ele tem a oferecer, sem contar as belíssimas imagens inseridas.
“Império” não é nenhuma inovação ou obra-prima. Mas depois de consecutivas bombas no horário das 21h, é louvável que haja a perspectiva de uma boa história. Não só isso, mas há a expectativa de que Aguinaldo Silva saiba como contá-la. Bagagem e experiência para isso, não lhe faltam.