Publicado em 19/11/2013 às 09:32:57
A recente notícia de que Mateus Solano, intérprete do Félix de “Amor à Vida”, foi abordado por crianças durante evento pedindo para tirar uma foto com o vilão, me fez crer em algo que eu já suspeitava: ele pode se redimir no final.
Não é de hoje que personagens “politicamente incorretos” agradam o telespectador infantil, que consegue perceber um pouco de humanidade neles. Foi assim com Nazaré Tedesco (Renata Sorrah) e Carminha (Adriana Esteves), por exemplo.
O mesmo ocorre também em contos de fadas. Cruela Cruel, a aristocrata má de “Os 101 Dálmatas”, mesmo querendo fazer um casaco com a pele dos bichinhos, é uma das personagens mais engraçadas da Disney.
Tanto ela quanto Malévola, da “Bela Adormecida”, e a Rainha de Copas, de “Alice no País das Maravilhas”, por exemplo, têm como característica principal o humor, às vezes ácido, mas certeiro.
E se até a Fera conquistou a Bela - ou seria o contrário? -, não deve ser muito difícil se identificar com quem coloca uma pessoa surreal, que conversa com os pássaros, para dormir ou deseja cortar a cabeça de um idiota.
Vilão bom é vilão morto!
Você já se perguntou o motivo para a maioria dessas personagens que conquistam o público morrer ou desaparecer inexplicavelmente? Além de poupar seu sofrimento na cadeia – acho que nós sentiríamos mais -, o desaparecimento acaba soando como triunfo.
Vlad, personagem de Ney Latorraca, termina “Vamp” anunciando sua volta, assim como Maria Altiva (Eva Wilma) de “A Indomada”. E a gente espera, ansioso, até hoje, por seus retornos.
Assim como o Félix, a vilã de “Senhora do Destino” também roubou um bebê dos braços da mãe. No entanto, o tomou para si e, não satisfeita com a má conduta, ainda matou quem cruzou seu caminho, jogando as vítimas escadaria abaixo.
Ela e a megera de “Avenida Brasil” eram ardilosas e dissimuladas, do tipo que usam da sensualidade para persuadir quem lhe interessava, mas também muito confiantes em si, atributo que nos atrai.
Meu malvado favorito
Agora, o vilão de “Amor à Vida” pode perder o posto de “soberano” para personagens secundários e que vêm mostrando desvio de conduta e erros que talvez, para a gente, sejam piores do que abandonar um bebê no meio do lixo.
Enquanto César (Antônio Fagundes) é egoísta, prepotente e homofóbico, Amarilys (Danielle Winits) traiu o amigo de infância roubando-lhe o namorado, com quem teve um filho, e ainda tenta tirar vantagens dele na venda da casa do ex-casal.
E para quem acha que eu me esqueci da Aline (Vanessa Giácomo), lembre-se que suas atitudes são justificadas por sofrimentos na família causados pelo médico. Qualquer semelhança com “Revenge” não é mera coincidência.
Por outro lado, Félix, “nosso malvado favorito”, demonstra arrependimentos esporádicos com a irmã, sua ligação com a mãe e o filho é verdadeira e ele ainda é solícito com terceiros, como ocorreu recentemente com o Niko (Thiago Fragoso).
Tatiana Bruzzi é colunista do NaTelinha e editora dos blogs: www.blogespetaculosas.blogspot.com e www.eueumesmaemeusfilmes.blogspot.com
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