Publicado em 03/08/2012 às 13:33:30
Desde 2004, com o slogan de "Rumo à Liderança", a Record vem pregando que quer quebrar o monopólio da TV Globo, em função dos males que ele causa. São muitos, é verdade, mas será que essa é realmente a intenção?
Há oito anos, a emissora dos bispos mexeu com o mercado e estremeceu a Globo. Autores, atores, produtores, jornalistas, roteiristas, e outros profissionais migraram de estação com a investida da Record.
O mercado foi aquecido, e a partir daí a rede começou a atirar para todos os lados. Eventos esportivos como o Campeonato Brasileiro tiveram seus preços inflacionados, graças à investida da Record na tentativa de tirá-lo da Globo, bem como a Copa do Mundo, dentre outros.
Com tantas investidas, a Record conseguiu os direitos das Olimpíadas em Londres de 2012, há cinco anos. Pagou pela exclusividade cerca de R$ 63 milhões, conforme publicado na Revista Veja em 2007. Criou-se uma enorme expectativa em torno disso. Afinal, o evento mais esportivo do planeta tinha novo dono, e a visibilidade que isso lhe traria, além do retorno financeiro, seria de uma enorme magnitude.
A emissora prometeu uma transmissão histórica das Olimpíadas. No que tange ao tempo dedicado ao evento, é indiscutível que a Record tenha uma programação mais flexível que a Globo, e por isso, possa exibir mais horas por dia que ela. Entre novela e Olimpíada, certamente a emissora carioca escolheria a primeira opção, privando a maioria da população de acompanhar os jogos olímpicos. Os tais "flashs" aconteceriam aos montes, e a prioridade poderia acontecer, talvez, com os esportes que a população mais gosta, como é o caso do futebol.
É bem verdade que a Globo cedeu bastante espaço ao evento em 2008, quando foi realizado em Pequim. O motivo? Eles aconteciam em um horário "morto", pela madrugada e manhã. O que não aconteceu em 2004, em Atenas, na Grécia.
Em um domingo à tarde (pasmem), enquanto a Globo transmitia o "Domingão do Faustão", a Band (também detentora das Olimpíadas na época) mostrava ginástica, quando chegou a marcar 21 pontos no Ibope contra apenas 13 da Globo. Ainda assim, a emissora carioca por diversas vezes preferia exibir a "Sessão da Tarde" ou desenhos pela manhã, em detrimento dos Jogos de Atenas. Sorte que tínhamos opção.
Hoje, a Record é dona dos direitos de transmissão. E muitos têm reclamado. Ela tem regulado liberação de imagem e replays, indo contra a legislação.
O Portal UOL entrou na Justiça para que pudesse selecionar as imagens dos eventos que preferir, que por direito são 3% do total (a média diária de jornada esportiva é de 13 horas), e reinvindicou também o direito de divulgá-las quando quiser. A Record exigia que o UOL as utilizasse em até 24 horas, além de informar que cederia apenas seis minutos de imagens diárias das Olimpíadas. A Justiça deu ganho de causa ao UOL.
Como muitos têm acompanhado, o canal SporTV também anda em atrito com a Record. Reclamações de locações ocupadas todas pela Record e falta de câmeras exclusivas estão em pauta na discussão.
Tudo isso nos leva a pensar... A Record realmente quer o fim do "monopólio", ou que ele mude de mãos?
Vale lembrar que nos próximos jogos olímpicos, no Rio de Janeiro, em 2016, teremos três emissoras abertas que vão realizar a transmissão: Globo, Record e Band.
Converse com o colunista. Envie um e-mail para thiagoforato@natelinha.com.br ou fale pelo Twitter: @Forato_
Vilã não morreu
Mulheres de Areia: Isaura tem reencontro emocionante com Raquel
Estreou na TV aos 7
Lembra dele? Ex-ator mirim, Matheus Costa virou galã e bomba na web
Opinião
Análise
Opinião
Lista
Opinião
Coluna do Sandro
Novidade
Opinião
Exclusivo
Opinião
Vai conseguir?
Coluna Especial
Disputa inédita na TV
Opinião
Opinião
Doc Silvio Santos
Exclusivo
Análise
Opinião
Opinião