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Aline Midlej quebra protocolo na GloboNews e detona PM que atirou homem de ponte

Jornalista se mostrou indignada com o ocorrido


Aline Midlej no Jornal das Dez de terça-feira (3), de camiseta verde e tablet na mão, falando e gesticulando, séria, de cabelo preso, olhando para a câmera
Aline Midlej no Jornal das Dez de terça-feira (3) - Reprodução/GloboNews

No Jornal das Dez de terça-feira (3), Aline Midlej se mostrou revoltada com o policial militar que atirou um homem de 25 anos de uma ponte na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, no último fim de semana. A jornalista quebrou o protocolo na GloboNews e rebateu o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite.

"Esses não são casos isolados, como disse o secretário de Segurança Pública. E não são todos, apenas aqueles que hoje são filmados e divulgados. Aquele corpo jogado sobre a ponte não é o corpo do Marcelo do Amaral. É mais um corpo preto da periferia, desde sempre desumanizado no Brasil. O desprezo por esses corpos sempre existiu, sejam homens, mulheres ou até crianças. A gente noticia isso aqui para vocês", pontuou ela.

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A âncora seguiu afirmando que episódios como esse são resultado de um preconceito que está enraizado na sociedade: "Desprezo, não por parte de todos os policiais, é claro, mas como parte de uma cultura institucional. Isso não é novo. E é tão, tão triste. Novo é o volume de registros pelo celular, que geram essas imagens incontestáveis".

"Nova é a legitimidade que a polícia paulista parece sentir neste momento. Quando o governador diz que o caso é grave, importante lembrar que ele é o comandante da polícia, ao final. Ele é a mesma autoridade que, quando questionado sobre denúncias de violência policial feitas na ONU, respondeu: 'Tô nem aí'. O que isso comunica para a sociedade que acompanha?", questionou Aline Midlej.

Aline Midlej cita Emicida para falar de violência policial na GloboNews

Ainda ao vivo na GloboNews, Aline Midlej citou a canção Ismália, de Emicida, para concluir sua opinião sobre o episódio de violência policial.

"Existe a pele alva e a pele alvo. Isso tem origens históricas. A gente precisa entender e enfrentar esse tema com sensibilidade. Longe das agendas ideológicas. Todos nós, de alguma forma, seguimos condenados a conviver em uma sociedade violenta e segregada", acrescentou ela.

De acordo com a reportagem do Jornal das Dez, os PM's envolvidos no caso prestaram depoimento na terça-feira (3) e foram afastados. Já o homem que foi atirado da ponte e caiu em um rio, não morreu, mas tem seu estado de saúde desconhecido.

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