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Com Mamonas Assassinas, Record testa e pode retomar dramaturgia não bíblica

Minissérie pode representar retomada do canal


Banda Mamonas Assassinas em foto
Mamonas Assassinas pode salvar a dramaturgia da Record - Foto: Reprodução/Internet
Por Daniel César

Publicado em 01/02/2023 às 04:15,
atualizado em 01/02/2023 às 10:59

A minissérie Mamonas Assassinas não vai ao ar na Record em 2023 apenas por conta da liberação financeira que o canal exigia. A emissora aproveita o momento da aprovação e manteve o projeto aceso porque quer testar a dramaturgia não bíblica com conteúdos inéditos. A intenção é observar se o público ainda iria assistir um projeto que não tenha vínculo com a Igreja Universal do Reino de Deus e, talvez, voltar a investir no formato.

Segundo apurou o NaTelinha, quando Mamonas Assassinas saiu da gaveta mais uma vez depois que conseguiu a autorização para captar recursos via Lei Rouanet, a Record decidiu manter a aposta no formato. Embora a série tenha ido e voltado para a gaveta algumas vezes por falta de verba, a emissora sempre foi simpática em contar a história e elogiou muito o roteiro de Carlos Lombardi.

Por coincidência do destino, quando ninguém mais apostava que a trajetória da banda seria contada, a Total Filmes, produtora experiente do país, assumiu o projeto e lutou para viabilizar financeiramente através da Lei Rouanet. Quando toda a documentação foi aprovada, a Record aproveitou a oportunidade para dar sinal verde e colocar a produção para rodar porque já vinha fazendo experimento em retomar dramaturgia não bíblica.

Em 2023, a direção da Record já iniciou o projeto ao colocar na grade nobre a reprise de A Lei e o Crime. Pouco antes, o canal já usava outra faixa para reprisar Amor Sem Igual, mas mantendo a exibição de novelas bíblicas, sejam inéditas ou reprises. Agora, com Mamonas Assassinas, a Record retorna com dramaturgia inédita e não evangélica, numa espécie de teste.

Fontes ouvidas pela reportagem confirmaram que a intenção da cúpula do canal é verificar a aceitação do atual telespectador da emissora para um produto assim. Embora os números de audiência não sejam o único fator, eles poderão ser decisivos para a definição se a Record voltará a apostar em dramaturgia fora do universo da Bíblia nos próximos anos, sempre em parceria com produtoras, no atual modelo de negócios que já está em vigor.

Nos corredores do canal não se fala em outra coisa que não seja a possibilidade do retorno do formato, inclusive com gente apostando no retorno de novelas contemporâneas fora do universo imposto pela IURD. Mas o NaTelinha ouviu de uma fonte que isso ainda é um sonho distante. As novelas estão nas mãos da Igreja e não há previsão, ao menos neste momento, de aprovação de formatos que não sejam considerados evangélicos.

Mesmo assim, a possibilidade de uma abertura para outros formatos, como as minisséries e as séries, é vista como uma vitória no interior da Record. Há quem defenda que ainda em 2023 é preciso pensar em novos projetos que sejam tão impactantes quanto Mamonas Assassinas, já que existe a unanimidade de que a minissérie será um sucesso retumbante por se tratar do primeiro produto falando da banda que foi febre no Brasil nos anos 90.

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