Sem protocolos

Posse de Lula: 5 vezes em que William Bonner quebrou regra do JN e detonou Bolsonaro

O jornalista já teceu diversas críticas ao político do Partido Liberal


Montagem de fotos de William Bonner e Jair Bolsonaro
William Bonner deu algumas alfinetadas em Jair Bolsonaro (PL) - Reprodução/TV Globo e Instagram

No Jornal Nacional da última quarta-feira (28), William Bonner classificou como "mentiras absurdas" as fake news divulgadas por Jair Bolsonaro (PL) sobre vacinas e o uso de máscaras nos meses mais críticos da pandemia de Covid-19.

Porém, esta não foi a primeira vez que o âncora da Globo criticou os discursos e a postura do político do Partido Liberal, que terminou seu mandato no sábado (31) e passou a vez para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tomará posse do cargo neste domingo (1º).

Em alguns desses episódios, Bonner foi na contramão das declarações de Bolsonaro sobre o coronavírus. Em outros, desmentiu notícias falsas em relação às pesquisas de intenções de votos. Confira lista:

Criticou pronunciamento sobre a Covid-19

Em 24 de março de 2020, William Bonner criticou o discurso de Jair Bolsonaro sobre a Covid-19. "Agora há pouco, o presidente Jair Bolsonaro contrariou tudo o que especialistas e autoridades sanitárias do Brasil e do mundo inteiro têm pregado como forma de evitar que o novo coronavírus se espalhe", iniciou ele.

"O presidente criticou o pedido para que todos aqueles que possam fiquem em casa. Bolsonaro culpou os meios de comunicação por 'espalhar a sensação de pavor' e disse que, se ele contrair o vírus, não pegará nada mais do que uma 'gripezinha'", continuou, em tom de indignação, antes de exibir o pronunciamento do político.

Nas redes sociais, internautas elogiaram a postura do jornalista e chegaram a dizer que ele deu uma "jantada" no presidente.

Alfinetou discurso sobre governador do DF

Na edição do Jornal Nacional de 12 de março de 2021, William Bonner alfinetou Bolsonaro ao exibir um vídeo em que o chefe do governo criticou a decisão do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que limitou a circulação de pessoas nas ruas para conter o coronavírus.

O presidente disse que só ele poderia decidir algo assim e questinou a atitude do político do MDB. O funcionário da Globo, então, desmentiu Bolsonaro ao vivo: "Não é verdade… Na verdade, em caso de emergência de saúde pública, a Lei 13.979 concede as três esferas de governo o direito de adotar medidas restritivas como isolamento, quarentena e restrição a locomoções, entre muitas outras".

"É nessa lei que o governador Ibaneis Rocha e todos os outros governadores têm se baseado para declarar, por exemplo, o toque de recolher e não estado de sítio, como declarou erroneamente o presidente da república", completou ele.

Repercutiu declarações feitas na ONU

Já em 21 de setembro do ano passado, o nome de William Bonner foi parar entre os assuntos mais comentados do Twitter depois que o jornalista criticou as declarações dadas por Jair Bolsonaro na ONU. Na ocasião, ele falou sobre kit anti-Covid, corrupção e passaporte da vacina.

"O presidente do Brasil cumpriu hoje a tradição de fazer a abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas. Mas, ao falar durante 12 minutos, diante de líderes de nações do mundo inteiro, foi como se o presidente Jair Bolsonaro estivesse se dirigindo exclusivamente à base mais fiel de apoiadores dele", começou o âncora do JN.

Na sequência, o ex-marido de Fátima Bernardes continuou: "Bolsonaro atacou prefeitos e governadores que tomaram medidas de proteção da população na pandemia, semelhantes às defendidas por democracias no mundo inteiro. Omitiu investigações sobre suspeitas de corrupção na compra de vacinas. Mentiu sobre a dimensão das manifestações de sete de setembro. E, pra surpresa maior de quem ouvia, o presidente do Brasil voltou a defender o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19".

Pediu que o presidente fosse responsável

Em 6 de janeiro deste ano, William Bonner voltou a detonar Jair Bolsonaro e criticou uma fala do político para outro veículo de comunicação, quando ele minimizou mortes de crianças pela Covid-19. As críticas foram feitas durante a chamada para a entrada de uma reportagem e em um editorial feito a partir do caso.

"As declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as mortes de crianças por Covid afronta a verdade e desrespeitam o luto de milhares de brasileiros parentes e amigos das mais de 300 vítimas, de cinco a 11 anos", iniciou ele.

O jornalista continuou: "O presidente também desrespeita todos os técnicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ao questionar qual seria o interesse do órgão com autorização da vacinação de crianças. O interesse da Anvisa está expresso na lei que a criou: Coordenar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária em defesa da saúde da população".

"O quarto artigo da lei determina que a agência atue como entidades administrativa independente e que as prerrogativas necessárias ao exercício adequado de suas atribuições sejam asseguradas. Não é isso que o presidente tem feito, ao ameaçar divulgar nomes de integrantes da Anvisa que aprovaram a vacinação infantil e agora o questionar a lisura do órgão", afirmou.

Após falas de Renata Vasconcellos, ele concluiu: "O presidente Jair Bolsonaro é o responsável pelo que diz pelo que faz. Espera-se que venha também ser responsável por todas as consequências daquilo que faz e diz".

Escancarou manipulação de conteúdo

No último dia 19 de setembro, o Jornal Nacional se manifestou contra as falas de Bolsonaro sobre as pesquisas de intenções de votos e Bonner disse que "levantar suspeitas sobre a Justiça Eleitoral é uma afronta a democracia brasileira e deve ser denunciada".

O noticiário esclareceu que alguns vídeos que circulavam na internet foram manipulados e viralizaram na bolha bolsonarista com o intuito de influenciar o eleitorado do presidente. O conteúdo disseminado indicava que o político do PL estava na frente na corrida eleitoral, o que foi desmentido pelo jornalístico da Globo.

"A distribuição desses vídeos falsos coincidiu com declarações públicas do candidato Bolsonaro em que despreza as pesquisas eleitorais dos institutos IPEC e DataFolha e, afirma sem nenhuma base nos fatos, que qualquer resultado das urnas que não seja a vitória dele em primeiro turno significará que algo errado terá ocorrido no TSE", pontuou o jornalista.

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