Fora de pauta

CPI desiste da quebra de sigilo da Jovem Pan e Omar Aziz dá fora em Marcos Rogério

Jovem Pan estava na berlinda para ter quebra de sigilo


Logo da Jovem Pan e Omar Aziz em montagem
Rádio teve quebra de sigilo revogada pela CPI da Covid
Por Redação NT

Publicado em 03/08/2021 às 11:08,
atualizado em 03/08/2021 às 11:45

A quebra de sigilo da rádio Jovem Pan foi retirada da pauta da CPI da Covid nesta terça-feira (3). O requerimento foi assinado pelo relator Renan Calheiros (MDB). "O próprio senador Renan ficou chateado porque não tinha conhecimento e pediu para retirar. Acho que não cabe a nós estar quebrando sigilo de rádio e televisão", disse Omar Aziz (PSD) antes do início da sessão da CPI.

"Independente, de linha editorial de jornal, TV, rádio, nós não podemos nos permitir cercear o pensamento das pessoas. Podemos discordar, mas não podemos retalhar. (...) Não deveria nem ter entrado", reforçou ele.

Renan se manifestou contra a quebra de sigilo. "Eu queria lamentar, dizer que isso ocorreu durante o recesso compulsório e aproveito a oportunidade para retirá-lo, para que, de modo algum, possa respingar numa coisa que respeitamos, defendemos", explicou.

Durante sua fala, Omar Aziz também criticou o senador Marcos Rogério (DEM), que defendeu a liberdade de imprensa e detonou o requerimento. "Eu sou solidário a todo jornalista, inclusive com aqueles que o presidente chama de 'quadrúpede' e o senhor nunca levantou a voz para defender. Agora vossa excelência vem dar uma de paladino de defensor da imprensa... Tem que fazer isso quando elas são atacados pelo presidente que vossa excelência defende aqui", bradou o presidente da CPI da Covid, deixando o clima tenso.

Jovem Pan na CPI da Covid

A Jovem Pan havia entrado na CPI da Covid depois do próprio Renan Calheiros ter apresentado requeriimento. O motivo era que o veículo seria "grande disseminador de fake news" sobre a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

O senador reafirmou que de sua parte, nada que possa respingar na liberdade de expressão terá sua aceitação. " Esse foi um posicionamento histórico que eu sempre tive e essa, sobretudo, é uma oportunidade para reafirmá-lo. Eu queria, sem saber de quem é a culpa, pedir desculpas pelo o que aconteceu", acrescentou.

O nome da rádio de Tutinha havia causado desconforto entre os membros da CPI. O ato também foi repudiado pela Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). Em nota, o órgão criticou a iniciativa por "não apontar qualquer dado ou informação concreta que justifique a adoção de medida extrema contra uma emissora que está no ar há quase 80 anos".

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