História

Em 1992, JN quebrou tabu com mulher na bancada por acaso; duplas femininas não surgem há 3 anos

No Dia da Mulher, NaTelinha relembra situações pioneiras no principal jornal da TV


Jornal Nacional
Valéria Monteiro, Sandra Annenberg e Patrícia Poeta: pioneiras no JN. Foto: Reprodução/Globo

Hoje é o Dia Internacional da Mulher, mas diferente de outras ocasiões, o Jornal Nacional desta segunda-feira (8) não terá duas jornalistas em seu comando. Em 51 anos de história, o principal jornal da TV brasileira só teve uma dupla feminina em sete ocasiões - a última, Giuliana Morrone e Ana Luiza Guimarães, apareceu em dezembro de 2017 -, mas, anos antes, coube a Valéria Monteiro, em 1992, quebrar o tabu de ter uma mulher na bancada - mas por falta de opção -. O NaTelinha relembra os episódios.

Em 1992, já era algo comum ter uma figura feminina nas bancadas da Globo: Fantástico, jornais locais, Jornal da Globo e Jornal Hoje, por exemplo. A exceção ficava para o tradicional Jornal Nacional. Valéria Monteiro já estava cotada para ser a primeira apresentadora, mas sua estreia aconteceu por acaso. É o que contou o falecido Alberico de Sousa Cruz, ex-diretor de Jornalismo da emissora no livro “JN: 50 anos de telejornalismo”.

“Televisão é coisa séria, mas há situações engraçadíssimas em seus bastidores. Em 1992, pela primeira vez uma mulher assumiu a bancada do Jornal Nacional, a Valéria Monteiro. Ela já tinha apresentado o Fantástico, Jornal Hoje e RJTV entre os anos 1980 e 1990, e, em um sábado em que um dos apresentadores teve um contratempo, decidi colocá-la no ar”, comentou.

O dia em questão foi 12 de setembro de 1992. Não há registros em vídeo disponíveis na internet. “No dia seguinte, choveram ligações para elogiar a iniciativa. Todo mundo pensa que fizemos pesquisas e várias reuniões antes de tomar essa decisão. Não aconteceu nada disso”, afirmou Alberico, que comandou o Jornalismo da Globo entre 1990 e 1995.

Em 1992, JN quebrou tabu com mulher na bancada por acaso; duplas femininas não surgem há 3 anos

Duas mulheres no JN

Depois da chegada de Valéria como apresentadora substituta, coube a Lilian Witte Fibe escrever seu nome na história, ao se tornar a primeira mulher titular oficial do JN, em abril de 1996. De forma fixa, após Lilian, vieram Fátima Bernardes, em março de 1998; Patrícia Poeta, em dezembro de 2011; e Renata Vasconcellos, que divide a bancada com William Bonner desde 3 de novembro de 2014.

Mas ainda faltava quebrar outro tabu: duas mulheres no comando do principal jornal da casa. Coube a Sandra Annenberg e Patrícia Poeta fazerem isso pela primeira vez em 8 de março de 2014, um sábado. A decisão veio para celebrar o Dia da Mulher e se repetiu no ano seguinte: também em um sábado, 7 de março de 2015, desta vez com Sandra e Renata.

Depois dessas duas ocasiões especiais, o JN teria duas jornalistas na apresentação em mais cinco oportunidades - todas de forma trivial. A edição de 7 de novembro de 2015 contou com Ana Paula Araújo e Giuliana Morrone. Em 9 de julho de 2016, foi a vez de Sandra e Carla Vilhena. E em 2017 tivemos as duplas Ana Paula e Monalisa Perrone (29/07); Giuliana e Carla (19/08); e Giuliana e Ana Luiza Guimarães (16/12).

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